DÉCIO SÁ
da Agência Folha, em São Luís

Falando em nome da governadora Roseana Sarney, 44, o superintendente de Trabalho da Solecit (Secretaria de Solidariedade, Cidadania e Trabalho), José Macedo Costa, 68, disse que o pólo de confecção ainda é viável e "está ganhando dimensão de empresa".
Macedo foi indicado para falar à Agência Folha pelo secretário Jorge Murad (Planejamento), marido de Roseana, que informou não poder atender os insistentes pedidos de entrevistas porque estava percorrendo o interior do Maranhão.
Murad também não quis comentar o caso, apesar de ser um dos secretários envolvidos na implementação do projeto.
Conforme Macedo, o acordo de exclusividade que a cooperativa tinha com a Kao-I foi rompido, permitindo agora que os cooperativados negociem a venda da produção com outras empresas.
Três já estariam interessadas em atuar como empresa-âncora no lugar da Kao-I. Macedo fez várias críticas ao empresário Chhai Kwo Chheng.
"Ele não cuidou da organização dos trabalhadores para enfrentar um mercado altamente competitivo. Não cumpriu a proposta de incorporar à Kao-I 1.250 treinandos até dezembro do ano passado. O máximo que absorveu foi 500. A gestão do processo por ele não foi exemplar", disse.
O superintendente não quis comentar as supostas irregularidades na implementação do pólo. "Isso é uma questão que está na Justiça."
Também não eximiu totalmente o governo do Maranhão de responsabilidades. "Talvez não tenham sido tomados os cuidados necessários para que o projeto começasse com mais base."
Sobre o débito dos cooperativados com o Banco do Nordeste do Brasil, declarou que vê a possibilidade de que o pagamento seja feito. "Agora, o BNB tem de ter paciência porque ele emprestou sem muita garantia." Segundo Macedo, já foram investidos cerca de R$ 16 milhões no pólo -R$ 3 milhões da Kao-I.



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