São Paulo, terça, 29 de abril de 1997.

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Mafersa privatizada demitiu e sofre com falta de encomendas

da Reportagem Local

A Mafersa, fabricante de equipamentos ferroviários, é considerada um exemplo de empresa privatizada que não vem apresentando bons resultados.
Antes da privatização, ela tinha 2.603 funcionários. Agora, tem cerca de 600.
O maior problema da empresa é a carência de encomendas. Em setembro de 95, ela acumulava um prejuízo de R$ 62 milhões.
A empresa foi privatizada em 1991. Na época, foi adquirida pela Refer, o fundo de pensão dos funcionários da Rede Ferroviária Federal.
O fundo de pensão pagou mais que o dobro do preço mínimo que constava do edital do leilão. Em agosto de 95, a Refer vendeu parte da empresa para seus funcionários.

Fechadas
Houve pelo menos dois casos de empresas privatizadas que acabaram fechadas: a Cosinor (Companhia Siderúrgica do Nordeste) e a Goiasfértil, que era controlada pela Petrofértil (grupo Petrobrás).
O grupo Gerdau, que comprou a Cosinor em 91, informou que a empresa foi fechada por causa de uma ``forte retração da demanda''. A empresa foi uma das primeiras a serem privatizadas no governo Collor.
Já a Goiasfértil, vendida em agosto de 92, foi fundida à Ultrafértil.
Outra empresa que atravessou problemas depois de ser privatizada foi a Embraer, fabricante de aviões. Ela apresentou prejuízo em 95 e vem se recuperando gradativamente.

39,6 mil demissões
As empresas federais privatizadas a partir de 91 fecharam 39.631 postos de trabalho desde que passaram para o controle do setor privado, o que equivale a 32,6% do total de vagas que mantinham.

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