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Mafersa privatizada demitiu e
sofre com falta de encomendas
da Reportagem Local
A Mafersa, fabricante de equipamentos ferroviários, é considerada um exemplo de empresa privatizada que não vem apresentando
bons resultados.
Antes da privatização, ela tinha
2.603 funcionários. Agora, tem
cerca de 600.
O maior problema da empresa é
a carência de encomendas. Em setembro de 95, ela acumulava um
prejuízo de R$ 62 milhões.
A empresa foi privatizada em
1991. Na época, foi adquirida pela
Refer, o fundo de pensão dos funcionários da Rede Ferroviária Federal.
O fundo de pensão pagou mais
que o dobro do preço mínimo que
constava do edital do leilão. Em
agosto de 95, a Refer vendeu parte
da empresa para seus funcionários.
Fechadas
Houve pelo menos dois casos de
empresas privatizadas que acabaram fechadas: a Cosinor (Companhia Siderúrgica do Nordeste) e a
Goiasfértil, que era controlada pela Petrofértil (grupo Petrobrás).
O grupo Gerdau, que comprou a
Cosinor em 91, informou que a
empresa foi fechada por causa de
uma ``forte retração da demanda''. A empresa foi uma das primeiras a serem privatizadas no governo Collor.
Já a Goiasfértil, vendida em
agosto de 92, foi fundida à Ultrafértil.
Outra empresa que atravessou
problemas depois de ser privatizada foi a Embraer, fabricante de
aviões. Ela apresentou prejuízo em
95 e vem se recuperando gradativamente.
39,6 mil demissões
As empresas federais privatizadas a partir de 91 fecharam 39.631
postos de trabalho desde que passaram para o controle do setor privado, o que equivale a 32,6% do
total de vagas que mantinham.
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