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PF investiga elo com fraudes em ministério
DA REPORTAGEM LOCAL
Relatório da Operação
Santa Tereza afirma que alguns dos investigados podem ter conexão com supostas irregularidades em convênios do Ministério do Trabalho que foram objeto de
reportagens da Folha e de
"O Globo" em fevereiro.
As reportagens foram comentadas com um misto de
preocupação, surpresa e desdém em conversas telefônicas interceptadas pela PF. O
delegado Rodrigo Levin ressaltou, em relatório, a reação
do ex-conselheiro do
BNDES João Pedro de Moura, ex-assessor do deputado
Paulinho (PDT-SP).
"Embora não tenham relação com a investigação, resolvemos anexá-las [as reportagens] pois fazem parte
de um conjunto de denúncias graves, de caráter nacional e de grande importância
para o país. (...) João Pedro
sempre fica muito "preocupado", demonstrando, no mínimo, que sabe a verdade sobre as referidas notícias",
apontou a PF, em relatório.
Em 16 de fevereiro, Moura
telefonou para a casa de seu
irmão para contar que "tem
um dinheiro para receber
em São Paulo com o Mikael
(Ferrone)". Trata-se do presidente da Databrasil, que
assinou um convênio de R$
14,8 milhões com o Ministério do Trabalho -cancelado
dias depois das reportagens.
Moura teria pedido ao irmão que assinasse um contrato por ele. Como "diretor
da Força Sindical", teria dito
Moura, isso "fica ruim". Depois, Moura ligou para Ferrone. Conversaram sobre
"um projeto para a construtora Termaq", que a PF suspeita estar envolvida em desvios do BNDES.
Moura também falou sobre as reportagens com o
consultor Márcio Mantovani, preso na quinta-feira. Para este, "não é grave". Moura
replicou que "começam [a
aparecer] as evidências".
(RV)
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