São Paulo, terça-feira, 29 de abril de 2008

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PF investiga elo com fraudes em ministério

DA REPORTAGEM LOCAL

Relatório da Operação Santa Tereza afirma que alguns dos investigados podem ter conexão com supostas irregularidades em convênios do Ministério do Trabalho que foram objeto de reportagens da Folha e de "O Globo" em fevereiro.
As reportagens foram comentadas com um misto de preocupação, surpresa e desdém em conversas telefônicas interceptadas pela PF. O delegado Rodrigo Levin ressaltou, em relatório, a reação do ex-conselheiro do BNDES João Pedro de Moura, ex-assessor do deputado Paulinho (PDT-SP).
"Embora não tenham relação com a investigação, resolvemos anexá-las [as reportagens] pois fazem parte de um conjunto de denúncias graves, de caráter nacional e de grande importância para o país. (...) João Pedro sempre fica muito "preocupado", demonstrando, no mínimo, que sabe a verdade sobre as referidas notícias", apontou a PF, em relatório.
Em 16 de fevereiro, Moura telefonou para a casa de seu irmão para contar que "tem um dinheiro para receber em São Paulo com o Mikael (Ferrone)". Trata-se do presidente da Databrasil, que assinou um convênio de R$ 14,8 milhões com o Ministério do Trabalho -cancelado dias depois das reportagens.
Moura teria pedido ao irmão que assinasse um contrato por ele. Como "diretor da Força Sindical", teria dito Moura, isso "fica ruim". Depois, Moura ligou para Ferrone. Conversaram sobre "um projeto para a construtora Termaq", que a PF suspeita estar envolvida em desvios do BNDES.
Moura também falou sobre as reportagens com o consultor Márcio Mantovani, preso na quinta-feira. Para este, "não é grave". Moura replicou que "começam [a aparecer] as evidências". (RV)


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