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Diretor da Bolsa tenta evitar investigação
FREDERICO VASCONCELOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Os advogados de Edemir
Pinto, diretor-geral da BM&F
(Bolsa de Mercadoria & Futuros), entraram com pedido de
habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça para evitar a
possibilidade de uma nova investigação envolvendo a Bolsa
no socorro prestado pelo Banco Central aos grupos Marka e
FonteCindam, em 1999.
Um dia depois de realizada a
operação, a BM&F enviou carta ao então presidente do BC,
Francisco Lopes, a pedido do
banco oficial, fazendo referência ao risco de "crise sistêmica"
se não fossem adotados "mecanismos" para evitar a quebra
dos dois grupos.
Em agosto de 2000, o Tribunal Regional Federal do Rio de
Janeiro concedera habeas corpus trancando a ação penal
contra Pinto [ou seja, excluíra o
diretor do processo movido
contra Alberto Cacciola, dono
do Marka, e mais onze réus].
A decisão, contudo, deixou
aberta a possibilidade de o Ministério Público Federal, diante
de novos elementos, instaurar
nova ação penal contra Pinto,
que havia sido denunciado por
crime de falsidade ideológica.
Pinto era superintendente de
Liquidação e Custódia da
BM&F e participara de entendimentos com a diretora de
Fiscalização do BC, Tereza
Grossi, fornecendo informações sobre os contratos em
aberto e as garantias em nome
do Marka e do FonteCindam.
Em fevereiro último, os advogados José Gerardo Grossi e
Nilo Batista pediram habeas
corpus ao STJ, para trancar definitivamente a ação penal.
Para os advogados, a preocupação dos diretores era "que a
quebra de bancos pudesse promover um efeito dominó".
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