DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente Lula saiu em defesa do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e do ex-ministro de Minas e Energia Silas Rondeau, dizendo que não existe nada contra os dois até agora.
Renan é suspeito de usar lobista no pagamento de pensão. Rondeau foi acusado por receber propina no caso Gautama.
"A reportagem [da revista "Veja'] o colocou sob suspeita. Isso não quer dizer que o senador Renan seja culpado. Até prova em contrário, ele é inocente", disse, em seu programa quinzenal de rádio, "Café com o Presidente".
Lula também deu o benefício da dúvida a Rondeau, que deixou o ministério após ser acusado de receber R$ 100 mil em seu gabinete. "O afastamento dele era uma necessidade para que ele não ficasse sangrando a vida inteira. (...) Até agora, não tem nada contra o Silas, a não ser suposições."
Sobre o ex-ministro, Lula disse ainda que, "se tiver alguma coisa contra o ministro Silas, ele pagará pelo erro que cometeu".
Desde sexta-feira passada, o presidente já tinha colocado sob suspeita as acusações contra Renan. "Aprendi nesse período todo que pobre de quem fizer julgamento de alguma pessoa por uma matéria", disse Lula, no Itamaraty.
Pela segunda vez em quatro dias, defendeu a PF, que vem sofrendo ataques de integrantes do Judiciário e de lideranças políticas, que a acusam de cometer "excessos". E tentou dissociar o PAC do escândalo. "O PAC independe de investigação."


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