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Com Lula, não existe "respeito às leis", afirma FHC
SILVIO NAVARRO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ex-presidente Fernando
Henrique Cardoso afirmou ontem que a reforma política é um
"imperativo" ao país e criticou
a impunidade nos escândalos
de corrupção ocorridos no governo Lula, que acabaram reduzidos a "coisas alopradas"
praticadas por "uns estranhos"
e "coitadinhos".
"O que dizer dos escândalos
que assistimos? Quem foi preso? Como não existe respeito às
leis, como não existe igualdade,
voltamos aos velhos tempos em
que a lei é para os inimigos, e
para os amigos a gente passa a
mão", afirmou, durante o primeiro seminário do PSDB, em
Brasília, que visa a atualização
programática do partido.
"Temos todo o arcabouço democrático, mas não temos a alma da democracia, que é a crença de que a lei é para valer e que
todos somos iguais perante a
lei", afirmou.
Segundo ele, o país passa por
um "processo grave de descrença nas instituições".
Ao discorrer sobre a corrupção, FHC disse que ela é "uma
prática moral e pessoal", mas
que as condições que favorecem sua ocorrência estão no
atual sistema eleitoral.
FHC também listou críticas
ao Bolsa Família, que, segundo
ele, hoje "é uma pensão". Ele
reclamou de falta de "avanços"
na área econômica e disse que
"hoje o rumo é dado pelo mercado".
Por fim, disse que o PSDB deveria "defender com mais energia seu legado", especialmente
as privatizações.
O ex-presidente disse ainda
não ter visto o pronunciamento
de Renan Calheiros e, questionado sobre o caso, esquivou-se:
"Espero que ele [Renan] tenha
se explicado".
O governador Aécio Neves
(MG) pediu "cautela" com
questões pessoais envolvendo
Renan, mas disse que deve haver "liberdade absoluta" para
continuar as investigações.
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