São Paulo, quinta-feira, 29 de maio de 2008

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Preso atuou na verificação dos dados do Inpe

DA AGÊNCIA FOLHA, EM CUIABÁ

Preso ontem sob suspeita de receber propina do esquema que extraía madeira ilegalmente da terra indígena Vale do Guaporé, o servidor Emanoel Rosa de Oliveira deixou há cerca de um mês a direção de fiscalização da Sema (Secretaria Estadual de Meio Ambiente) em Pontes e Lacerda (450 km de Cuiabá). Segundo a Sema, o escritório foi fechado e o servidor -que é comissionado- foi remanejado para a superintendência de fiscalização em Cuiabá.
Antes disso, Oliveira integrou a equipe técnica que, por ordem do governador Blairo Maggi (PR), verificou em campo os pontos de desmatamentos identificados pelo Inpe no Oeste de Mato Grosso.
No Estado, a verificação abrangeu 662 pontos e, conforme o governo, 90% dos dados do sistema Deter (Detecção do Desmatamento em Tempo Real) estavam errados. "Tal informação invalida a possibilidade de usar os dados do Deter para cálculo de área, como também invalida a tese de aumento na taxa de desmatamento nos últimos meses de 2007", diz trecho do relatório, no qual Oliveira é citado.
Conforme a Sema, a participação de todos os servidores no trabalho foi subordinada à coordenação de Cuiabá. A dimensão do trabalho, segundo a Sema, obrigou o uso do maior número de funcionários.
A secretaria disse que vai abrir uma sindicância para apurar o envolvimento de Oliveira no esquema. A Folha não encontrou o servidor e a PF não soube informar se ele contratou advogado para defendê-lo.


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