São Paulo, sábado, 29 de junho de 2002

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PAINEL

Vôo estratégico
O PT prepara uma longa agenda de viagens internacionais para o presidenciável Lula. A maratona começará na segunda semana de julho, quando o petista irá ao Chile, à Argentina, ao Paraguai e ao Uruguai.

Saída de cena
O objetivo do vôo de Lula é retirá-lo da crise provocada na campanha pelas denúncias de corrupção em Santo André.

Brasileiros e brasileiras
Serra tem iniciado os discursos com um bordão escolhido por assessores: "Quero cumprimentar a todos e a todas".

Lábia de resultado
Para convencer as emissoras de TV a aceitar as datas propostas por Lula para debates, Duda Mendonça usa um argumento: "Vocês não sabem o que é aquele partido. Para tomar uma decisão, tem de passar por trezentas reuniões". Com isso, o marqueteiro ganha a queda de braço.

Por eliminação
Roseana Sarney decidiu votar em Lula na eleição presidencial. A pefelista gostaria de apoiar Ciro Gomes, mas ele é aliado de seu principal desafeto no Maranhão, Jackson Lago (PDT). A segunda opção da pefelista era Garotinho, mas ele escolheu para vice outro inimigo de Roseana -João Almeida (PSB).

Unidos pelo grampo
Como diz que jamais votará em José Serra, Roseana decidiu declarar seu apoio a Lula. Segundo a ex-governadora, há outro ponto que a levou a apoiar o petista: os dois foram perseguidos e prejudicados pela PF, que teria agido a serviço de Serra.

Mundo real
O deputado José Nilton (PL-MG) subiu ontem no palanque do ministro João Henrique (Transportes) em inauguração de estrada em Conselheiro Lafaiete. O deputado, conterrâneo de José Alencar, declarou seu apoio ao governo e disse ser contra a aliança PT-PL.

Dinheiro graúdo
Auditoria do TCU no setor de cartão de crédito do Banco do Brasil constatou irregularidades no pagamento de US$ 9,5 milhões. A principal falha, segundo o tribunal, ficou por conta da aquisição de participação acionária na empresa UPSI Informática Upsicard S.A.

Trem voador
O governo federal tentou retomar projeto de criação da Agência Nacional de Aviação Civil, que abriria cerca de 1.700 vagas no ano eleitoral de 2002. A oposição ameaçou denunciar, e o governo informou que vai apresentar o projeto em agosto.

Política canavieira
A cooperativa dos usineiros de AL, liderada por João Tenório, a mesma que alavancou a campanha presidencial de Collor (PRTB) em 89, convenceu-o a se lançar ao governo estadual, o que será oficializado hoje. O slogan do ex-presidente já está definido: "Alagoas quer o melhor".

Proteção suspeita
Três agentes da Polícia Federal acompanham diariamente o interventor na Previ, o fundo de pensão do Banco do Brasil. O motivo oficial é dar segurança ao interventor que, entretanto, não tem recebido ameaças.

Motosserra eleitoral
A bancada de parlamentares de Rondônia incluiu, na negociação para fechar a aliança PMDB-PSDB no Estado, pedidos de mudança no Código Florestal. Os deputados querem aumentar a área passível de desmatamento no Estado.

Visita à Folha
Ciro Gomes, candidato à Presidência da República pelo PPS (Partido Popular Socialista), visitou ontem a Folha, a convite, onde foi recebido em almoço. Estava acompanhado de João Herrmann, deputado federal por São Paulo, e de Egidio Serpa, assessor de imprensa.

TIROTEIO

Do deputado federal Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), ex-ministro da Justiça, sobre José Genoino (PT) desconfiar de que ele esteja por trás da investigação da PF contra Lula:
- A alegação é uma operação diversionista do PT para desviar o foco do que ocorreu em Santo André. O Genoino deveria ajudar a varrer as portas das prefeituras do PT, onde há uma montanha de lixo acumulada.

CONTRAPONTO

Dieta eleitoral

Na última quinta-feira, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), participou em Campinas (SP) da inauguração do restaurante Bom Prato, que é subsidiado pelo governo estadual e serve refeições a R$ 1 à população carente.
O restaurante de Campinas é o primeiro aberto pelo Estado fora da região metropolitana de São Paulo.
A inauguração se transformou em um grande evento eleitoral, com a presença de dezenas de políticos tucanos da região.
Enquanto Alckmin cumprimentava seus correligionários, uma jornalista chegou para um vereador tucano de Campinas e perguntou se o governador iria mesmo comer a refeição de R$ 1.
- Esse aí, nesta altura do campeonato, come até buchada de bode!- respondeu o vereador campineiro.
Alckmin comeu. E ainda cortou um bife para uma criança.



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