São Paulo, sábado, 29 de junho de 2002

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Em nota, PF nega que tenha investigado Lula

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A Polícia Federal voltou a afirmar ontem, por meio de nota divulgada à imprensa, que não houve qualquer tipo de investigação em relação à denúncia apresentada pelo microempresário Fernando Tenório Cavalcanti que citava o nome do presidenciável petista, Luiz Inácio Lula da Silva.
Em documento encaminhado em 2000 ao delegado Alberto Lassere Kratzl Filho, que à época assessorava a CPI do Narcotráfico, o escrivão Paulo Poloni Barreto diz que Tenório Cavalcanti denunciou irregularidades em São Bernardo do Campo (SP), inclusive envolvendo Lula, que seria, de acordo com o ofício, ""possuidor de alguns imóveis, mas que estão registrados em nome de terceiros ("laranjas')".
A seguir a íntegra da nota divulgada ontem pela PF, em Brasília.
 
"Tendo em vista informações totalmente improcedentes relativas a supostas arbitrariedades praticadas pela Polícia Federal, comparando-a, inclusive, à Gestapo, a Direção Geral do DPF esclarece que:
O sr. Fernando Tenório Cavalcanti apresentou documentação, noticiando irregularidades supostamente ocorridas na Prefeitura de São Bernardo do Campo, citando diversos nomes, entre os quais o do sr. Luiz Inácio Lula da Silva.
Em posse de tal documentação e convicta da falta de elementos que evidenciassem qualquer conduta criminosa, a Polícia Federal limitou-se a chamar o sr. Fernando Tenório Cavalcanti para esclarecer e trazer eventuais provas do alegado.
Não houve qualquer ato investigativo em relação aos fatos apresentados na documentação ou em relação à qualquer pessoa, mormente o sr. Luiz Inácio Lula da Silva. Como já dito, limitou-se a Polícia Federal a tentar ouvir o denunciante, o que não ocorreu em razão de seu não-comparecimento. Devido à não-apresentação de novos elementos, o inquérito policial nem sequer foi instaurado, sendo a documentação arquivada.
A Polícia Federal não praticou qualquer tipo de espionagem ou afronta aos princípios informadores do Estado democrático de Direito, sendo importante lembrar ter sido diversas vezes pedida sua participação em investigações em que foram vitimados membros do Partido dos Trabalhadores.
Brasília, 28 de junho de 2002.
Glédston Campos dos Reis, assistente de comunicação social



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