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Em nota, PF nega que
tenha investigado Lula
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A Polícia Federal voltou a afirmar ontem, por meio de nota divulgada à imprensa, que não houve qualquer tipo de investigação
em relação à denúncia apresentada pelo microempresário Fernando Tenório Cavalcanti que citava
o nome do presidenciável petista,
Luiz Inácio Lula da Silva.
Em documento encaminhado
em 2000 ao delegado Alberto Lassere Kratzl Filho, que à época assessorava a CPI do Narcotráfico, o
escrivão Paulo Poloni Barreto diz
que Tenório Cavalcanti denunciou irregularidades em São Bernardo do Campo (SP), inclusive
envolvendo Lula, que seria, de
acordo com o ofício, ""possuidor
de alguns imóveis, mas que estão
registrados em nome de terceiros
("laranjas')".
A seguir a íntegra da nota divulgada ontem pela PF, em Brasília.
"Tendo em vista informações totalmente
improcedentes relativas a supostas arbitrariedades praticadas pela Polícia Federal, comparando-a, inclusive, à Gestapo, a Direção Geral
do DPF esclarece que:
O sr. Fernando Tenório Cavalcanti apresentou documentação, noticiando irregularidades
supostamente ocorridas na Prefeitura de São
Bernardo do Campo, citando diversos nomes,
entre os quais o do sr. Luiz Inácio Lula da Silva.
Em posse de tal documentação e convicta da
falta de elementos que evidenciassem qualquer
conduta criminosa, a Polícia Federal limitou-se
a chamar o sr. Fernando Tenório Cavalcanti
para esclarecer e trazer eventuais provas do alegado.
Não houve qualquer ato investigativo em relação aos fatos apresentados na documentação
ou em relação à qualquer pessoa, mormente o
sr. Luiz Inácio Lula da Silva. Como já dito, limitou-se a Polícia Federal a tentar ouvir o denunciante, o que não ocorreu em razão de seu não-comparecimento. Devido à não-apresentação
de novos elementos, o inquérito policial nem
sequer foi instaurado, sendo a documentação
arquivada.
A Polícia Federal não praticou qualquer tipo
de espionagem ou afronta aos princípios informadores do Estado democrático de Direito,
sendo importante lembrar ter sido diversas vezes pedida sua participação em investigações
em que foram vitimados membros do Partido
dos Trabalhadores.
Brasília, 28 de junho de 2002.
Glédston Campos dos Reis, assistente de comunicação social
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