São Paulo, sábado, 29 de junho de 2002

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PT suspeita de grampo em candidato petista

DA REPORTAGEM LOCAL

Lideranças petistas afirmaram ontem terem suspeita de que o candidato do partido à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, foi grampeado pela Polícia Federal. O PT está certo de que Lula foi espionado e investigado pela PF. Segundo o partido, seu patrimônio foi relacionado, contatos pessoais levantados e a biografia, reconstituída.
O PT não acredita que os próprios telefones pessoais do candidato, como de sua casa ou escritório político, tenham sido grampeados. Considera mais provável que conversas do presidenciável com pessoas do partido que tenham tido telefonemas grampeados tenham sido registradas.
O partido informou que não tomará providências jurídicas, por enquanto, sobre o caso da diferença de datas encontrada no documento assinado pelo agente da PF Gilvan de Sousa Figueiredo.
A cúpula do partido pretende aguardar o resultado das investigações anunciadas pelo ministro da Justiça, Miguel Reale Júnior. Segundo Reale Júnior, o candidato petista não foi investigado nem grampeado pela PF.
Nos dois últimos dias, a Folha tentou localizar o agente Gilvan de Sousa Figueiredo, que assina o ofício colocado sob suspeita, mas não conseguiu falar com ele. Figueiredo assina o documento em 4 de abril de 2001, mas faz uma referência no texto que Fernando Tenório Cavalcanti compareceu à PF no dia "11 do mês em curso".
Segundo o advogado de Lula, Márcio Thomaz Bastos, esse conflito de datas é "um indicativo de que [o procedimento da PF] tenha sido montado à pressas".


Colaborou a Sucursal de Brasília



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