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PT suspeita de grampo
em candidato petista
DA REPORTAGEM LOCAL
Lideranças petistas afirmaram
ontem terem suspeita de que o
candidato do partido à Presidência da República, Luiz Inácio Lula
da Silva, foi grampeado pela Polícia Federal. O PT está certo de que
Lula foi espionado e investigado
pela PF. Segundo o partido, seu
patrimônio foi relacionado, contatos pessoais levantados e a biografia, reconstituída.
O PT não acredita que os próprios telefones pessoais do candidato, como de sua casa ou escritório político, tenham sido grampeados. Considera mais provável
que conversas do presidenciável
com pessoas do partido que tenham tido telefonemas grampeados tenham sido registradas.
O partido informou que não tomará providências jurídicas, por
enquanto, sobre o caso da diferença de datas encontrada no documento assinado pelo agente da
PF Gilvan de Sousa Figueiredo.
A cúpula do partido pretende
aguardar o resultado das investigações anunciadas pelo ministro
da Justiça, Miguel Reale Júnior.
Segundo Reale Júnior, o candidato petista não foi investigado nem
grampeado pela PF.
Nos dois últimos dias, a Folha
tentou localizar o agente Gilvan
de Sousa Figueiredo, que assina o
ofício colocado sob suspeita, mas
não conseguiu falar com ele. Figueiredo assina o documento em
4 de abril de 2001, mas faz uma referência no texto que Fernando
Tenório Cavalcanti compareceu à
PF no dia "11 do mês em curso".
Segundo o advogado de Lula,
Márcio Thomaz Bastos, esse conflito de datas é "um indicativo de
que [o procedimento da PF] tenha sido montado à pressas".
Colaborou a Sucursal de Brasília
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