São Paulo, quarta-feira, 29 de junho de 2005

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Molina nega ter exigido dinheiro em troca da fita

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Em depoimento à CPI dos Correios ontem à noite, Arlindo Molina negou que tivesse tentado extorquir o deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) com a gravação na qual o funcionário Maurício Marinho é flagrado recebendo propina e relatando um esquema de corrupção que envolveria o PTB.
Apesar disso, confirmou ter recebido R$ 20 mil de Arthur Washeck, mandante da gravação, após ter feito contato com Jefferson a respeito do conteúdo da fita. Integrantes da CPI desconfiam que esse pagamento teria sido feito por tentativa de extorsão. Molina diz tratar-se de um empréstimo pessoal.
"Ele [Arthur] me pediu que levasse a fita ao deputado Roberto Jefferson. Me passou que queria que tirasse o Marinho."
Molina disse que a conversa com Jefferson durou apenas um minuto. Jefferson, segundo Molina, disse que já sabia da fita, não conhecia Maurício Marinho, não poderia fazer nada a respeito e recomendava que a fita fosse enviada aos Correios.
Molina também disse que conversou com o senador Ney Suassuna (PMDB-PB) para conseguir a conversa com Jefferson, mas que naquele momento ele não sabia da gravação.


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