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Ministério Público pede acareação à CPI
GILMAR PENTEADO
ENVIADO ESPECIAL A BRASÍLIA
Depois de receber duas negativas por parte do deputado federal
Roberto Jefferson (PTB-RJ), procuradores da República no Distrito Federal apelaram ontem à CPI
dos Correios para tentar esclarecer um dos pontos ainda obscuros sobre a gravação que revelou
um suposto esquema de corrupção na estatal.
O Ministério Público Federal
solicitou que a CPI faça uma acareação entre Jefferson e o consultor Arlindo Molina. O deputado
acusou Molina de tentar extorqui-lo com a gravação em que o
ex-chefe de departamento dos
Correios Maurício Marinho fala
sobre um suposto esquema de arrecadação nas estatais para o PTB.
Mas Jefferson se nega a fazer
uma acareação com Molina. No
primeiro pedido, o deputado não
compareceu no dia marcado pelos procuradores. Na segunda solicitação, o deputado respondeu
que, por ser ação criminal, ele só
responde ao STF (Superior Tribunal Federal). Por ser deputado,
Jefferson tem foro privilegiado e
tem direito a negar os pedidos.
Ontem, os procuradores resolveram solicitar a acareação diretamente à CPI. Eles querem que Jefferson e Molina respondam a três
questões para os parlamentares:
encontros ocorridos entre os dois
em 2005, o teor da conversa no
gabinete do deputado na qual teria ocorrido a tentativa de extorsão e o grau de conhecimento recíproco. O pedido de acareação
ainda será analisado pela CPI.
O senador Ney Suassuna
(PMDB-PB), acusado por Jefferson de ter ligações com arapongas, foi ouvido ontem pelos procuradores e negou participação
em esquema de corrupção ou na
suposta chantagem.
Hoje, a PF pretende ouvir o publicitário mineiro Marcos Valério
Fernandes de Souza. A polícia fez
acordo para o publicitário depor
o quanto antes e não confirmou
horário e local -o depoimento
vai ser em Brasília - pois Marcos
Valério quer evitar assédio.
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