São Paulo, quarta-feira, 29 de junho de 2005

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MP abre dois inquéritos sobre IRB

ELVIRA LOBATO
DA SUCURSAL DO RIO

O procurador-geral de Justiça do Estado do Rio, Marfan Vieira, mandou abrir inquéritos policial e civil para apurar supostas irregularidades cometidas por ex-dirigentes do IRB (Instituto de Resseguros do Brasil) suspeitos de integrar um esquema de arrecadação de dinheiro para partidos políticos, em especial o PTB e o PP, que os apadrinhavam na estatal.
Os inquéritos vão partir dos indícios de tráfico de influência e de improbidade administrativa apontadas pela sindicância criada pelo próprio IRB. O coordenador das promotorias de investigação penal do Ministério Público estadual, Rubens Vianna, qualificou de ""muito grave" o acordo judicial que levou a companhia de seguros Aliança da Bahia a pagar indenização de R$ 15 milhões à Companhia de Fiação e Tecidos Guaratinguetá, de São Paulo, cujo contrato de seguro havia expirado em outubro de 2003. O acordo foi firmado na Justiça, em dezembro do ano passado.
A sindicância do IRB responsabilizou os então diretores Carlos Murilo Barbosa Lima -indicado pelo senador Edison Lobão (PFL-MA)- e Luiz Appolonio Neto, sobrinho do deputado Delfim Netto (PP-SP) pelos acordos.

Outro lado
O advogado da Companhia de Fiação e Tecidos Guaratinguetá, Warley Pimentel, contestou as irregularidades apontadas pela Comissão de Sindicância do IRB e pelo Ministério Público estadual.
Pimentel disse que houve um incêndio nas fábrica, em 2003, e a seguradora recusou-se, em princípio, a pagar a indenização.
A Guaratinguetá, segundo ele, entrou com medida cautelar na Justiça, a seguradora reconheceu o direito do cliente e o pagamento foi feito em três parcelas.


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