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Painel
Renata Lo Prete
painel@uol.com.br
A Saigon de Alckmin
A desistência do PSDB baiano em lançar candidato
ao governo está longe de significar o fim da guerra entre tucanos e pefelistas no Estado. Para recuar, o líder
tucano na Câmara, Jutahy Júnior, fez duas exigências: 1) Geraldo Alckmin terá de se dividir entre os
dois partidos quando for à Bahia, a despeito da exclusividade exigida por ACM; 2) o PFL não poderá usar
seu tempo de TV para atacar o candidato do PSDB ao
Senado, Antonio Imbassahy, sob pena de revide.
Jutahy já recebeu aval de Alckmin e da cúpula tucana. Antes, certificou-se da impossibilidade jurídica de
intervenção nacional. Nada indica que os carlistas
abaixarão a cabeça. O principal colégio eleitoral do
Nordeste ainda é terreno minado para Alckmin.
Em ata. Para deixar claros
os termos do acordo com a cúpula nacional, Jutahy Júnior
fez questão de relatar, na convenção de ontem, com quais
dirigentes conversou, em que
horários e o que disseram.
Piada pronta. O apelido
do vereador José Carlos Fernandes, que o PSDB queria
emplacar como candidato ao
governo baiano, é "Zé Calamidade". "Calamidade é o que
viraria a vida do Alckmin caso
eles insistissem nesse laranja", ameaça um pefelista.
Chapéu alheio. Em visita
que fará hoje a São Paulo, o
presidente Lula vai inaugurar
um centro de oncologia no
HC que custou R$ 7 mi aos cofres estaduais e nenhum tostão ao governo federal.
Insistência. O PSDB do DF
faz hoje a convenção para homologar a chapa Abadia-Maurício Corrêa. Mas a cúpula nacional tucana daria última cartada na noite de ontem:
conversar com Joaquim Roriz
para tentar acordo em torno
de José Roberto Arruda.
Otimismo. Na passagem
por Brasília, Alckmin recebeu
boas notícias. Pesquisas indicam que, depois da convenção
do PFL local, o tucano subiu
cerca de 8 pontos no DF. A diferença entre ele e Lula caiu
de 17 para 7 pontos.
Curto e grosso. Ao deixar
reunião do PMDB e do PT mineiros com Lula em Contagem, o ex-governador Newton Cardoso foi lembrando de
que já fora tachado de "corrupto" por petistas. Ele respondeu: "Também falaram
que no PT tem corrupção".
Eu, não. Beto Mansur recusou o convite de Orestes
Quércia para ser vice em sua
chapa na disputa pelo governo paulista. O PP vê "90%" de
chances de fechar acordo.
Neutro. Na conversa que teve com a bancada ruralista
ontem, Roberto Rodrigues
disse que defenderá suas
ações na Agricultura, mas não
pretende subir em palanque.
"Não sou filiado a partido."
Quarentena. O ex-ministro tem convites para dirigir a
Abag (Associação Brasileira
de Agribusiness) e a CNA
(Confederação Nacional da
Agricultura), além de proposta para lecionar nos EUA.
Cipoal. O material enviado
pelo Ministério Público à CPI
dos Sanguessugas tem 36
CDs, com oito horas cada um.
Parlamentares avaliam que
será impossível ouvir tudo.
W.O. As ausências mais sentidas nas primeiras reuniões
da CPI foram dos titulares e
suplentes da bancada do PP,
um dos partidos mais enrolados nas denúncias de fraude.
Highlander. Do senador
Pedro Simon (PMDB-RS) sobre a disputa acirrada pela suplência em sua chapa à reeleição: ""Como tenho 76 anos, todos querem ser meu suplente
pois pensam que vou morrer
cedo. Estão enganados. O suplente ficará me vendo trabalhar. Ainda viverei muito".
Zen. "Me inclua fora dessa",
diz Moreira Franco (PMDB-RJ) sobre a especulação de
que estaria cotado para virar
ministro da Saúde. O deputado, ex-defensor da candidatura própria, acaba de se inscrever em curso de meditação.
Tiroteio
O ministro saiu porque deixou de ser
conveniente para Lula. O governo vai aparelhar
a Agricultura e usar a pasta para ampliar a base
de apoio num eventual segundo mandato.
Do deputado RONALDO CAIADO (PFL-GO), da bancada ruralista, sobre
a saída do ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues.
Contraponto
Cada um na sua
Na convenção do PMDB do Paraná, no fim de semana
passado, o candidato à reeleição no Estado, Roberto Requião, atacava de mestre de cerimônias e chamava várias
autoridades presentes na festa para discursar.
Até Regina, mulher do vice-governador, Orlando Pessuti, foi convidada a subir no palco e dar seu recado aos
convencionais do partido.
Tentando mostrar simpatia, ela pegou o microfone, mas
tratou de se livrar rápido da tarefa:
-Lá em casa quem fala é o Orlando, mas quem manda
sou eu. Então, Pessuti, venha aqui falar.
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