DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Considerado um político discreto e campeão de trocas de partido no Senado, o senador Leomar Quintanilha (PMDB-TO) teve pouca projeção no Legislativo até ser "pinçado" pelo PMDB para herdar a presidência do Conselho de Ética em meio à crise que envolve o presidente do Congresso, Renan Calheiros (PMDB-AL).
Bancário e hoje fazendeiro, o goiano Quintanilha, 61, fracionou sua trajetória política em partidos com ideologias partidárias conflitantes.
Por exemplo, depois de militar pela Arena (partido de sustentação da ditadura militar) e pelo PDS, acabou se filiando ao PC do B do Tocantins, berço da Guerrilha do Araguaia. Também passou pelo extinto PFL e filiou-se duas vezes ao PMDB, partido em que está atualmente.
A explicação para a inconstância é que Quintanilha nunca escondeu que sua principal pretensão era o Executivo. O senador tentou, sem sucesso, duas vezes ser prefeito de Araguaína (1976 e 1982), sua base eleitoral.
No ano passado, Quintanilha também perdeu a disputa para o governo do Tocantins.
Ao lado de três deputados federais do seu Estado, Quintanilha respondeu a inquéritos no STF (Supremo Tribunal Federal) acusado de integrar um esquema de pagamento de propina por empreiteiras a parlamentares em troca de emendas ao Orçamento da União, em 1997.
Na época, foi encontrado um recibo do suposto pagamento a Quintanilha. Ele nega as acusações e diz que não há nada que o desabone.

Futebol
Quintanilha é formado em Direito, é casado e tem três filhos. É presidente, desde 1991, da Federação Tocantinense de Futebol, que fundou em 1991.
Sua atuação mais marcante no Congresso Nacional foi quando participou da CPI do Futebol. À época, era um dos principais aliados do presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), Ricardo Teixeira.
Ele foi eleito pela primeira vez deputado federal em 1988, cargo que ocupou até 1994, quando venceu a eleição para o Senado. Nesse período, licenciou-se para assumir as secretarias de Educação e de Indústria do Tocantins. (SN)


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