São Paulo, sexta-feira, 29 de junho de 2007

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Associação de bancos troca secretário e determina auditoria externa em contratos

CATIA SEABRA
DA REPORTAGEM LOCAL

Com a deflagração da Operação Aquarela, a Asbace (Associação Nacional de Bancos) determinou a realização de auditoria externa em todos os contratos assinados nos últimos cinco anos. Serão objeto da Price Waterhouse contratos que somam cerca de R$ 200 milhões anuais, incluídos três com o banco Nossa Caixa.
Convocada às pressas na segunda-feira, dia 18, três dias após a operação, a diretoria da Asbace também concordou com o afastamento do secretário-geral, Juarez Cançado.
Por indicação do presidente da Asbace e também da Nossa Caixa, Milton Luiz Melo dos Santos, Cançado foi substituído por Silvano Gianni, ex-presidente do Sebrae.
Contratada sem licitação para a execução de serviços de auto-atendimento para bancos estaduais, a Asbace subcontrata uma prestadora de serviços, a ATP S/A (Banking Technology), da qual é acionista. A Asbace detém 28% do capital da ATP, empresa presidida pelo próprio Cançado.
No caso do BRB, a ATP teria contratado a ONG Caminhar para realização de pesquisas. Mas a suspeita é de que Cançado e e o ex-presidente do BRB, Tarcísio Franklin de Moura, teriam sido os destinatários do dinheiro. Moura presidia a Asbace até maio, quando Melo dos Santos assumiu.
A Asbace determinou ainda a instalação de uma comissão de sindicância. "Herdamos uma confusão. Precisamos saber o tamanho dela", disse Gianni.
O conselho da ATP foi dissolvido. A Nossa Caixa submeterá à auditoria os três contratos com a Asbace.
Segundo o advogado de Cançado, Antônio Carlos de Almeida Castro, a auditoria "é importante" para comprovar a inocência de seu cliente.


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