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Associação de bancos troca secretário e determina auditoria externa em contratos
CATIA SEABRA
DA REPORTAGEM LOCAL
Com a deflagração da Operação Aquarela, a Asbace (Associação Nacional de Bancos) determinou a realização de auditoria externa em todos os contratos assinados nos últimos
cinco anos. Serão objeto da Price Waterhouse contratos que
somam cerca de R$ 200 milhões anuais, incluídos três
com o banco Nossa Caixa.
Convocada às pressas na segunda-feira, dia 18, três dias
após a operação, a diretoria da
Asbace também concordou
com o afastamento do secretário-geral, Juarez Cançado.
Por indicação do presidente
da Asbace e também da Nossa
Caixa, Milton Luiz Melo dos
Santos, Cançado foi substituído por Silvano Gianni, ex-presidente do Sebrae.
Contratada sem licitação para a execução de serviços de auto-atendimento para bancos
estaduais, a Asbace subcontrata uma prestadora de serviços,
a ATP S/A (Banking Technology), da qual é acionista. A Asbace detém 28% do capital da
ATP, empresa presidida pelo
próprio Cançado.
No caso do BRB, a ATP teria
contratado a ONG Caminhar
para realização de pesquisas.
Mas a suspeita é de que Cançado e e o ex-presidente do BRB,
Tarcísio Franklin de Moura, teriam sido os destinatários do
dinheiro. Moura presidia a Asbace até maio, quando Melo
dos Santos assumiu.
A Asbace determinou ainda a
instalação de uma comissão de
sindicância. "Herdamos uma
confusão. Precisamos saber o
tamanho dela", disse Gianni.
O conselho da ATP foi dissolvido. A Nossa Caixa submeterá
à auditoria os três contratos
com a Asbace.
Segundo o advogado de Cançado, Antônio Carlos de Almeida Castro, a auditoria "é importante" para comprovar a inocência de seu cliente.
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