São Paulo, Terça-feira, 29 de Junho de 1999
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Canadá está "decepcionado'

do enviado especial ao Rio

Depois da Espanha, nenhum outro país tem colocado tanto dinheiro em Cuba quanto o Canadá.
Foram US$ 414 milhões desde 1992. O governo do Canadá, ao contrário da UE, continua a contestar a Lei Helms-Burton.
Mas as relações canadenses-cubanas vêm esfriando muito desde que a relativa abertura da economia de Cuba, ensaiada a partir de 1993, se mostrou limitada demais para as expectativas do Canadá.
No ano passado, o primeiro-ministro canadense Jean Chrétien esteve em Havana com grandes esperanças de obter de Fidel Castro concessões em relação ao respeito aos direitos humanos em Cuba.
Chrétien voltou a Ottawa de mãos vazias. Em março último, Cuba recusou pedido do Canadá para que seus diplomatas em Havana fossem autorizados a acompanhar o julgamento de quatro dissidentes.
O Canadá retaliou. Iniciativas para favorecer a economia cubana foram congeladas e o Canadá suspendeu seus esforços para reincluir Cuba em organizações hemisféricas.
O desencanto do governo canadense tem correspondência no lado empresarial. Muitos executivos se queixam das enormes dificuldades que enfrentam para operar sob o regime estilo soviético de Cuba.
De confisco alfandegário de máquinas de fotocópia (consideradas potencialmente subversivas) até enormes obstáculos burocráticos impostos pelo Estado são citados como exemplos de entraves.


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