São Paulo, Terça-feira, 29 de Junho de 1999
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Fujimori diz que pode sofrer ataque de guerrilheiros no Rio

da Sucursal do Rio

O presidente do Peru, Alberto Fujimori, disse ontem no Rio suspeitar que o grupo guerrilheiro Movimento Revolucionário Tupac Amaru estaria planejando um ataque contra ele durante a Cimeira.
Segundo Fujimori, em entrevista no hotel Méridien (zona sul), o Tupac Amaru montou uma base no Rio. O grupo foi responsável pelo sequestro da residência do embaixador japonês em Lima, em 1997.
"Se eles estão aqui, não teriam vindo ao Rio para tirar férias em Ipanema ou Copacabana. Provavelmente, pretendem saudar-me de uma maneira muito especial", afirmou o presidente peruano.
Ele disse também que o grupo terrorista Sendero Luminoso se aliou a traficantes brasileiros na região da Amazônia.
Fujimori afirmou ter sido avisado sobre um possível atentado pelo governo de um país vizinho, que seria a Argentina, segundo assessores peruanos.
Conforme afirmou o presidente, teria havido um recente encontro de organizações guerrilheiras da América Latina, no qual foram acertadas ações conjuntas.
Fujimori afirmou ter reforçado sua segurança e alertado o governo brasileiro. O Exército do Brasil nega que tenha sido informado sobre a possibilidade de um atentado contra Fujimori.
"Não recebemos essa informação. O presidente Fujimori chegou ao Rio tranquilamente. À noite, saiu para jantar sem problemas. Não houve reforço na segurança dele", disse o coronel Carlos Alberto de Almeida, do Comando Militar do Leste.
A Polícia Federal está dedicando a Fujimori a mesma atenção dada a chefes de Estado e de governo de países onde há terrorismo, como Colômbia e México.
Oito agentes acompanham os deslocamentos de Fujimori. No hotel, equipes fixas vigiam as acomodações do presidente do Peru.


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