São Paulo, sexta-feira, 29 de julho de 2005

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Ascensão de sacador causa surpresa

CATIA SEABRA
DA REPORTAGEM LOCAL

O diretor de operações da corretora Magliano S/A, Cláudio de Salles Oliveira, se surpreendeu ao saber de vultosa operação financeira de um "humilde" ex-funcionário. Hoje dono da Guaranhuns Empreendimentos - beneficiária de R$ 6 milhões saídos da DNA -, José Carlos Batista foi um dos operadores da corretora de 1996 a 2000.
Mas seu ex-chefe ressalta que seu salário anual era de R$ 20 mil e "sua movimentação era insignificante, sem menor expressão". "Ele nem tinha condições para fazer uma grande movimentação", disse Salles, acrescentando: "Todos nós nos surpreendemos com o volume desses recursos. Se ele comprou uma empresa por muitos milhões, acertou na loteria".
Depois de checar velhos documentos, Salles contou que Batista entrara para a Magliano junto com a equipe saída da extinta corretora Lavra. Na época, a promessa era de conquista dos clientes da antiga corretora. "Ele trouxe duas. Depois, pararam de investir", lembra.
Seu desempenho, diz, era tão baixo que seu salário, composto por comissão, foi caindo gradualmente. Na média, ele ganhava R$ 20 mil anuais. "Ele tentou se viabilizar aqui. Demos uma oportunidade. Mas teve que ir embora".
Segundo operadores de mercado, Batista também trabalhou na Corretora Itaú e na Takeover.
Entre junho de 2002 e abril de 2003, ele aparece como cliente da Bônus-Banval Participações LTDA. Em nota, a corretora informa que Batista - "um antigo investidor" - foi seu cliente de nossa corretora no "período, em que realizou algumas poucas operações junto à BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), motivo pelo qual lhe foram efetuados alguns pagamentos".


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