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Ascensão de sacador causa surpresa
CATIA SEABRA
DA REPORTAGEM LOCAL
O diretor de operações da corretora Magliano S/A, Cláudio de Salles Oliveira, se surpreendeu ao
saber de vultosa operação financeira de um "humilde" ex-funcionário. Hoje dono da Guaranhuns
Empreendimentos - beneficiária de R$ 6 milhões saídos da
DNA -, José Carlos Batista foi
um dos operadores da corretora
de 1996 a 2000.
Mas seu ex-chefe ressalta que
seu salário anual era de R$ 20 mil
e "sua movimentação era insignificante, sem menor expressão".
"Ele nem tinha condições para fazer uma grande movimentação",
disse Salles, acrescentando: "Todos nós nos surpreendemos com
o volume desses recursos. Se ele
comprou uma empresa por muitos milhões, acertou na loteria".
Depois de checar velhos documentos, Salles contou que Batista
entrara para a Magliano junto
com a equipe saída da extinta corretora Lavra. Na época, a promessa era de conquista dos clientes da
antiga corretora. "Ele trouxe
duas. Depois, pararam de investir", lembra.
Seu desempenho, diz, era tão
baixo que seu salário, composto
por comissão, foi caindo gradualmente. Na média, ele ganhava R$
20 mil anuais. "Ele tentou se viabilizar aqui. Demos uma oportunidade. Mas teve que ir embora".
Segundo operadores de mercado, Batista também trabalhou na
Corretora Itaú e na Takeover.
Entre junho de 2002 e abril de
2003, ele aparece como cliente da
Bônus-Banval Participações
LTDA. Em nota, a corretora informa que Batista - "um antigo
investidor" - foi seu cliente de
nossa corretora no "período, em
que realizou algumas poucas operações junto à BM&F (Bolsa de
Mercadorias & Futuros), motivo
pelo qual lhe foram efetuados alguns pagamentos".
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