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BAHIA
Governo desiste de cobrar ICMS antecipado da Petrobras
MATHEUS MAGENTA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR
O governo da Bahia publicou ontem decreto que revoga a cobrança antecipada de
ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) da Petrobras, estabelecida no mês passado. A estatal havia se negado a pagar
o tributo segundo essa regra.
Decreto anterior, de junho, havia alterado o modelo
de cobrança no setor de refino de petróleo. A medida garantia a antecipação de quase R$ 60 milhões mensais ao
governo. O objetivo era estancar a queda da arrecadação no Estado, administrado
por Jaques Wagner (PT).
No primeiro semestre deste ano, a arrecadação do
ICMS atingiu R$ 4,71 bilhões, uma queda de 5,28%
(R$ 262 milhões) em relação
ao mesmo período do ano
passado -quando foram arrecadados R$ 4,97 bilhões.
Para o deputado estadual
Carlos Gaban (DEM), a decisão foi tomada por pressão
da Petrobras. Já o secretário
da Fazenda, Carlos Martins,
atribui a revogação à diminuição dos efeitos da crise.
"Houve uma mudança do
cenário de crise no Estado,
no país. A arrecadação na Bahia já está retornando ao patamar de 2008", afirmou
Martins. O governo fechou
junho devendo mais de R$
200 milhões a construtoras.
Segundo a assessoria da
Petrobras, seu setor jurídico
concluiu que "deveria continuar recolhendo o ICMS como sempre fez, de acordo
com a legislação que vigorava
antes da publicação do decreto". A estatal também negou pressão sobre o governo
pela revogação do decreto.
Sobre a possibilidade de
ser acionada administrativamente por não ter antecipado o pagamento do ICMS, a
estatal disse que não recebeu
nenhum comunicado sobre
isso do governo baiano.
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