DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

As críticas à edição de medidas provisórias uniram ontem Legislativo e Judiciário contra o Executivo. O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Gilmar Mendes, comparou as MPs a uma "roleta russa com todas as balas no revólver voltado para o Congresso" e concordou com o presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), de que elas provocam um "vácuo" nas votações de temas importantes pelo Congresso.
Entretanto, Mendes afirmou que o Supremo não tem "devaneios de substituir o Legislativo" e defendeu a valorização da atividade política. "Vamos falar mal dos políticos que são maus, mas vamos destacar as boas coisas da atividade política", disse.
No início da semana, Garibaldi disse que o excesso de MPs provoca a paralisação do Congresso e um vácuo para que o Supremo legisle.
Mendes procurou Garibaldi ontem para propor um "pacto republicano" que incluiria a votação de temas como mudanças na tramitação das MPs e nas CPIs (Comissões Parlamentares de Inquérito), "que provocam tensão entre Judiciário e Legislativo". (ANDREZA MATAIS)

Texto Anterior: Senado: Novas vagas são aprovadas em votação durante a madrugada
Próximo Texto: Eleições 2008 / São Paulo: Petista e tucano descumprem meta no metrô
Índice