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Sem renúncia, conselho recebe representação na próxima semana
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Se o senador Jader Barbalho
(PMDB-PA) não renunciar antes
ao seu mandato, a Mesa Diretora
do Senado encaminhará já na
próxima semana representação
ao Conselho de Ética determinando abertura de processo por quebra de decoro contra ele.
A Mesa tem até 15 dias úteis para decidir, mas os sete integrantes,
incluindo o presidente da Casa,
Ramez Tebet (PMDB-MS), não
pretendem protelar a decisão, para evitar mais desgaste à imagem
do Senado.
Na segunda-feira, Tebet designará o relator para o caso, que deverá decidir em no máximo três
dias, segundo especulação dos
próprios senadores da Mesa.
Isso significa que Jader terá
pouco tempo para renunciar, se
quiser impedir a abertura do processo no Conselho de Ética, afastando o risco de ser punido com a
cassação e com a consequente
inelegibilidade por oito anos.
Os ex-senadores Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) e José
Roberto Arruda (do Distrito Federal, recém-filiado ao PFL), envolvidos na violação do painel de
votações do Senado, renunciaram
antes da decisão da Mesa.
Com a renúncia, os dois se livraram das punições políticas.
Aberto o processo, uma eventual renúncia de Jader seria inócua para evitar a provável cassação e perda de direitos políticos.
O relatório de Romeu Tuma
(PFL-SP) e Jefferson Péres (PDT-AM), aprovado pelo conselho na
última quinta-feira, acusa Jader
de mentir ao negar seu suposto
envolvimento nos desvios de recursos do Banpará. Ele também é
acusado de tentar obstruir a investigação sobre o caso.
Tebet não escolheu o relator. O
mais cotado até ontem era Antonio Carlos Valadares (PSB-SE).
Mozarildo Cavalcanti (PFL-RR) e
Carlos Wilson (PTB-PE) também
são cotados.
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