São Paulo, domingo, 29 de setembro de 2002

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Programa eleitoral vai "segurar" Maluf em SP

JOÃO CARLOS SILVA
DA REPORTAGEM LOCAL

Preocupado com a eventual necessidade de fazer mudanças repentinas nos programas eleitorais de rádio e de TV, o pepebista Paulo Maluf reservou a última semana da campanha para compromissos na Grande São Paulo e na capital, onde fica sua produtora.
A estratégia tem uma lógica: a equipe malufista considera que o programa eleitoral, na última semana, tem mais audiência e chama a atenção do eleitor, principalmente do que está indeciso.
Assim, os malufistas, certos de que disputarão o segundo turno, resolveram se preparar para fazer eventuais alterações no programa, como para responder a ataques surpresas de adversários.
Pepebistas e a produtora de Maluf não revelam o que vão levar ao ar nos últimos programas. Só dizem que, se depender deles, não haverá surpresas no rumo da campanha. "Não tem o que inventar. A última semana é igual as outras", disse Jesse Ribeiro, presidente regional do PPB.
Apesar da declaração de Ribeiro, Maluf deu a entender na semana passada que resolveu centrar fogo no tema segurança e dedicar seu tempo a carreatas na reta final do primeiro turno.
Foi assim no final da semana passada -na sexta-feira, ele fez carreatas por cidades da Grande São Paulo e, em entrevista, voltou a criticar a construção de uma unidade prisional na região central de São Bernardo do Campo.
Pelo lógica de Maluf, a cada minuto que ele fica em cima de uma camionete acenando para moradores, ele atinge 50 pessoas.
O número é bem maior do que ele calcula que atingiria se resolvesse andar por um calçadão, por exemplo. "Você cumprimentando a pé, olha lá se pode falar com duas pessoas por minuto", diz.
A cada carreata, Maluf costuma dar uma avaliação do que achou. É comum ele dizer que, de cada dez eleitores para quem acenou, três acenaram de volta. Os números servem de base para ele fazer mais contas: nesse caso, ele diria ter 30% dos votos da região em que esteve. As medições feitas por Maluf mostram um apego a pesquisas de intenção de voto, apesar de ele e pepebistas afirmarem não estar preocupados com levantamentos, nem com os que serão divulgados nesta última semana.


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