São Paulo, domingo, 29 de setembro de 2002

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Genoino usa a história para inspirar militante

EDUARDO SCOLESE
DA AGÊNCIA FOLHA

O PT vai se apegar ao retrospecto para, na reta final da corrida ao Palácio dos Bandeirantes, tentar colocar José Genoino no segundo turno das eleições estaduais.
Para a cúpula paulista do partido, a memória da arrancada quase bem-sucedida de Marta Suplicy na última disputa pelo governo de São Paulo, em 1998, ainda está viva entre os militantes.
À época, a atual prefeita paulistana conquistou cerca de dez pontos percentuais na semana que antecedeu o pleito e acabou perdendo no photochart para Mário Covas (PSDB), que depois venceria Paulo Maluf (PPB) no segundo turno. A diferença entre os dois foi de apenas 74.436 votos (0,44% dos votos válidos).
"O PT é um partido de chegada. Temos uma militância que vai às ruas e faz a diferença na decisão, como ocorreu nas últimas eleições [em 1998". Temos força nas principais cidades do Estado", disse o presidente estadual do PT, Paulo Frateschi.
De acordo com Frateschi, a expectativa petista é que Genoino atinja o segundo turno com cerca de 30% dos votos válidos. Segundo o último Datafolha, o candidato petista está na casa dos 22%.
Até domingo, dia do pleito, a linha petista permanecerá igual: ataques aos oito anos de administração tucana e qualificação dos confrontos históricos entre o PT e o malufismo. "Se está dando certo, a linha não pode mudar. Neste momento, é preciso agir com tranquilidade", disse Frateschi.
A força financeira do PT estará nas ruas. Com um custo de R$ 20 milhões (a mais cara do Estado), a campanha petista distribuirá 200 mil bandeirinhas de plástico e 25 milhões de "colas" com os números dos candidatos da coligação.
Até quinta -quando encerra o prazo de propaganda-, Genoino concentrará sua campanha na região metropolitana de São Paulo.
Sexta e sábado, o candidato fará as chamadas "caminhadas silenciosas" pelo centro de São Paulo, distribuindo santinhos.
"Teremos uma agenda intensa, associando mais ainda mais a minha presença com a da Marta [Suplicy, prefeita de São Paulo] e principalmente do Lula [Luiz Inácio Lula da Silva, presidenciável do partido], pois o PT é um partido de chegada", disse Genoino.


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