UOL

São Paulo, segunda-feira, 29 de setembro de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

OUTRO LADO

Bancos negam ligação política em nomeações

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

DA AGÊNCIA FOLHA

O Banco do Brasil negou, por meio de sua assessoria, a prática de loteamento político de cargos. O BB informou que pautou-se por "critérios técnicos, rigorosos e que não levam em conta filiação partidária".
Também por intermédio de sua assessoria de imprensa, a Caixa Econômica Federal informou que as contratações ocorridas na nova gestão "seguem estritamente o estatuto e os normativos da instituição e têm como objetivo aprimorar o desempenho da empresa".
A CEF enviou e-mail com detalhes do currículo dos nomeados sob o PT: Carlos Augusto Borges (setor de Transferência de Benefícios) e sobre João Carlos Garcia (Segmentos e Distribuição). Garcia, informa a CEF, era gerente de mercado no Escritório de Negócios da CEF em Jundiaí desde 1995.
A CEF informa em sua mensagem que, dos nove vice-presidentes, "seis são da Caixa e, destes, três eram da gestão anterior. Dos três de fora da empresa, um é funcionário de carreira do Banco Central [Marcos Torres], o segundo é professor da Unicamp [Fernando da Costa] e o terceiro veio da iniciativa privada [Paulo Bretas]".
Quanto às demais nomeações apresentadas, não foi possível cotejar critérios técnicos e currículos. Também por e-mail, a CEF recusou-se a fornecer dados. Alegou que "não pode divulgar para a imprensa os currículos pessoais dos seus funcionários sem autorização deles e por uma questão de segurança bancária".

BNB e Basa
A assessoria de imprensa do BNB informou que quem faz todas as nomeações para suas diretorias é o Ministério da Fazenda, com critérios próprios.
A assessoria de imprensa do Ministério da Fazenda informou que todos os bancos públicos, ligados a esse ministério, tiveram suas equipes formadas a partir da avaliação técnica e profissional de cada um dos seus membros.
Segundo a assessoria, o ministro Antonio Palocci Filho é responsável pela nomeação de todos os dirigentes e secretários ligados à sua pasta e só eles respondem ao ministro. Seus respectivos diretores e assessores são escolhidos e nomeados por eles, que têm o direito de alterar o que bem entender.
Ainda segundo a assessoria de Palocci, o Ministério da Fazenda não tem como norma nomear assessores e diretores, pois isso quebraria a hierarquia natural dos cargos. Segundo a assessoria, isso vale para todos os setores do ministério.
O presidente do Basa, Mâncio Lima Cordeiro, afirmou que estava numa posição confortável no Acre antes de assumir a direção do banco e acrescentou: "Não estou aqui [na presidência do Basa] para tampar um buraco de acomodação política, estou aqui porque posso contribuir para o processo de desenvolvimento da Amazônia." Ele disse que não conduziu as negociações com os partidos do governo para a composição das diretorias.



Texto Anterior: Ex-sindicalistas e apadrinhados ocupam CEF
Próximo Texto: Igreja católica: Arcebispo do Rio é nomeado cardeal pelo papa
Índice


UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.