|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Volta ao ritmo normal de trabalho
pode demorar até 4 anos, diz OAB
DA REPORTAGEM LOCAL
O Tribunal de Justiça de São
Paulo poderá levar de três a quatro anos para retomar o ritmo de
trabalho anterior ao início da greve, quando o Estado já era considerado um dos mais morosos do
Brasil em tempo de julgamento de
processos.
A estimativa é do presidente da
seção paulista da OAB, Luiz Flávio Borges D'Urso. "Um exemplo
são as 400 mil audiências que foram suspensas e que deverão ser
encaixadas entre outras audiências já agendadas. Serão pelo menos quatro anos para isso", disse.
O presidente do TJ-SP, Luiz
Elias Tâmbara, apesar de afirmar
que a greve de 2001 ainda deixa
reflexos nos trabalhos do órgão,
disse que a casa estará em ordem
dentro de cinco ou seis meses.
Com um volume gigantesco de
processos represados, tem prioridade no órgão casos em que a soltura de um preso já foi determinada judicialmente mas não foi
cumprida por falta de um cartório
para expedir a ordem.
Outros casos que por sua natureza também têm um andamento
automaticamente mais rápido
são os que envolvem crianças
(pensão alimentícia ou guarda de
paternidade) e idosos.
Os interessados no andamento
de processos de outra natureza
deverão, por meio de um advogado particular ou de um advogado
do Estado, interpor uma petição
diretamente ao juiz responsável
pelo caso informando da urgência
do mesmo. A decisão final caberá
ao magistrado.
Processos criminais que envolvam réus presos também terão
prioridade.
Segundo levantamento da OAB
sobre o sucateamento da Justiça,
o tempo médio para um processo
chegar a uma decisão de primeira
e de segunda instâncias no Judiciário de São Paulo é de sete anos.
No Rio Grande do Sul ou no Rio
de Janeiro, é um ano e meio.
Texto Anterior: Após a greve, Justiça congela prazos de processos por 15 dias Próximo Texto: Para Bastos, reforma será aprovada após eleição Índice
|