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PF diz que nem nota seriada pode ser rastreada
LILIAN CHRISTOFOLETTI
DA REPORTAGEM LOCAL
A Polícia Federal informou
ontem que o Brasil não tem os
mecanismo necessários para
rastrear o caminho do dinheiro
utilizado para a compra de um
dossiê contra candidatos tucanos. Nem os reais nem os dólares, mesmo os seriados, poderão levar ao verdadeiro proprietário dos recursos.
A afirmação é de delegados
da PF paulista especializados
no combate à lavagem de dinheiro. O principal obstáculo à
investigação, afirmam, é o fato
de o Banco Central não controlar a entrada de moeda estrangeira pelo número de série das
notas. Sabe-se apenas a quantidade e o banco que recebeu os
valores.
O BC também não exige das
financeiras o registro do número de série dos lotes recebidos e
repassados para centenas de
pessoas físicas e jurídicas.
Dos US$ 248,8 mil apreendidos no hotel Ibis em São Paulo,
US$ 109,8 mil são notas seriadas. Graças à Casa da Moeda
dos Estados Unidos, que tem
um controle baseado no número das cédulas, a PF descobriu
que o lote seriado foi enviado
ao banco Sofisa, em São Paulo.
Como o Banco Central não
exige de nenhuma financiadora
o registro das cédulas, a Polícia
Federal está levantando todos
os clientes do banco nos últimos meses. O documento, segundo a Sofisa, foi entregue ontem à PF.
Se o sacador dos dólares na
Sofisa foi uma pessoa física, a
investigação deve ser facilitada.
No entanto, o banco informou
que seus maiores clientes são
corretoras de câmbio, também
autorizadas pelo BC a negociar
moeda estrangeira.
A Sofisa informou, por meio
de nota, que todas as operações
com moeda estrangeira realizadas pelo banco são registradas
no BC e identificadas obedecendo todas as prescrições legais. As exigências não incluem
o registro do número de série
das notas.
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