São Paulo, sábado, 29 de setembro de 2007

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Partido deseja pasta de Minas e Energia de volta

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A direção do PMDB informou ao presidente Lula que o governo tem de devolver o mais rápido possível o comando do Ministério de Minas e Energia ao partido.
Caso contrário, os senadores peemedebistas podem continuar criando dificuldades para o Planalto, como ocorreu com a derrubada da Secretaria de Planejamento de Longo Prazo na Casa.
Segundo a Folha apurou, oficialmente o governo diz que não vai aceitar pressões, mas já planeja devolver o ministério para o PMDB antes do início da votação da CPMF no Senado, prevista para o meio de outubro.
Lula recebeu a informação de que a bancada do PMDB na Câmara já teve quase todos seus pedidos de cargos atendidos e por isso votou unida pela prorrogação da CPMF. Já no Senado, a bancada do partido depende dos cargos de Minas e Energia, além de outras demandas.
Lula repetiu nesta semana à cúpula do PMDB que deseja renomear Silas Rondeau para a pasta, da qual foi afastado em maio após ser envolvido na Operação Navalha, da Polícia Federal. O presidente teve, inclusive, um encontro reservado no dia seguinte à derrota governista no Senado com José Sarney (PMDB-AP), responsável pela indicação de Rondeau.
Só que os peemedebistas se dizem cansados desse discurso do presidente, que teria virado uma desculpa para manter o atual interino Nelson Hubner no posto, e agora pressionam pela volta imediata de Rondeau ou pela escolha de um novo nome.
Segundo senadores do PMDB, hoje a pasta é apenas "virtualmente" do partido, mas na prática quem o comanda é a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) por meio de Hubner (PT).
Desde a saída de Rondeau, Hubner afastou vários assessores ligados a peemedebistas e os substituiu por técnicos indicados pelo PT. Além disso, não efetiva as trocas nas diretorias da Eletrobrás, Eletronorte e Eletrosul reivindicadas pelo PMDB. A culpa, segundo os peemedebistas, seria de Dilma.
A Folha apurou que a ministra era o alvo dos peemedebistas que articularam a derrubada da MP que criava 626 cargos no governo. Mais do que extinguir a Secretaria de Planejamento do Longo Prazo, a bancada tirou da Casa Civil 37 cargos considerados essenciais para o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). (VALDO CRUZ e ANDREZA MATAIS)

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