|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Partido deseja pasta de Minas e Energia de volta
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A direção do PMDB informou ao presidente Lula que
o governo tem de devolver o
mais rápido possível o comando do Ministério de Minas e Energia ao partido.
Caso contrário, os senadores peemedebistas podem
continuar criando dificuldades para o Planalto, como
ocorreu com a derrubada da
Secretaria de Planejamento
de Longo Prazo na Casa.
Segundo a Folha apurou,
oficialmente o governo diz
que não vai aceitar pressões,
mas já planeja devolver o ministério para o PMDB antes
do início da votação da
CPMF no Senado, prevista
para o meio de outubro.
Lula recebeu a informação
de que a bancada do PMDB
na Câmara já teve quase todos seus pedidos de cargos
atendidos e por isso votou
unida pela prorrogação da
CPMF. Já no Senado, a bancada do partido depende dos
cargos de Minas e Energia,
além de outras demandas.
Lula repetiu nesta semana
à cúpula do PMDB que deseja renomear Silas Rondeau
para a pasta, da qual foi afastado em maio após ser envolvido na Operação Navalha,
da Polícia Federal. O presidente teve, inclusive, um encontro reservado no dia seguinte à derrota governista
no Senado com José Sarney
(PMDB-AP), responsável
pela indicação de Rondeau.
Só que os peemedebistas
se dizem cansados desse discurso do presidente, que teria virado uma desculpa para
manter o atual interino Nelson Hubner no posto, e agora pressionam pela volta
imediata de Rondeau ou pela
escolha de um novo nome.
Segundo senadores do
PMDB, hoje a pasta é apenas
"virtualmente" do partido,
mas na prática quem o comanda é a ministra Dilma
Rousseff (Casa Civil) por
meio de Hubner (PT).
Desde a saída de Rondeau,
Hubner afastou vários assessores ligados a peemedebistas e os substituiu por técnicos indicados pelo PT. Além
disso, não efetiva as trocas
nas diretorias da Eletrobrás,
Eletronorte e Eletrosul reivindicadas pelo PMDB. A
culpa, segundo os peemedebistas, seria de Dilma.
A Folha apurou que a ministra era o alvo dos peemedebistas que articularam a
derrubada da MP que criava
626 cargos no governo. Mais
do que extinguir a Secretaria
de Planejamento do Longo
Prazo, a bancada tirou da Casa Civil 37 cargos considerados essenciais para o PAC
(Programa de Aceleração do
Crescimento).
(VALDO CRUZ e ANDREZA MATAIS)
Texto Anterior: Senador do PMDB pede um "chinelinho novo" Próximo Texto: Religião: Ordens franciscanas se baseavam na pobreza e humildade Índice
|