|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
"Só falta estratégia", diz vice-reitora
DA REPORTAGEM LOCAL
A vice-reitora comunitária da
PUC-SP, Branca Jurema Ponce,
48, afirma que a reitoria já decidiu
que vai garantir a defesa da dissertação de mestrado do capitão
Francisco Rohrer. A estratégia é
que não foi decidida ainda.
"Vamos ter de pensar uma forma que evite a violência e que resguarde o direito de nosso aluno
Rohrer, que resguarde o trabalho
acadêmico. Não será permitido
violência e nem depredação."
Durante os protestos que impediram o exame de Rohrer na sexta-feira passada, Ponce chegou a
afirmar que a manifestação era
"absolutamente legítima", mas
mudou de idéia ao verificar os danos causados ao patrimônio.
A professora de filosofia relata
que carteiras e vidros foram quebrados e que fechaduras foram
vedadas com cola Super Bonder.
Ponce disse, ainda, que encaminhou um segurança da PUC para
o ambulatório por causa de um
dedo machucado.
Ela afirma que os seguranças
não revidaram os "empurrões,
chutes e pontapés" dos manifestantes e que, por isso, foi parabenizá-los após o episódio.
A defesa de tese de Rohrer na última sexta-feira foi cercada de alguns cuidados "a mais", afirma a
vice-reitora comunitária.
Mas, segundo a professora, os
agentes de segurança da universidade não são treinados para a violência, mas para dialogar. Algo
que ela mesma não conseguiu
com os manifestantes.
"Eu dizia que queria falar com o
líder deles, mas me responderam
que o movimento não permite liderança, cada um por si. Foi
quando eu disse que não havia
possibilidade de diálogo."
Segundo Ponce, a ação da polícia na avenida Paulista, em 20 de
abril, foi "inadmissível", mas o
protesto dos alunos na PUC, na
sexta-feira, perdeu legitimidade
devido ao uso da violência.
No cargo há um ano e na PUC
há três décadas, ela afirma que esperava outra atitude dos alunos.
"Num lugar como a universidade,
eles poderiam ter usado "n" formas de diálogo."
(ID)
Texto Anterior: Raio X Próximo Texto: Alunos farão protesto "silencioso" Índice
|