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Dirceu condiciona renegociação à reforma tributária
DA REPORTAGEM LOCAL
Embora tenha classificado como legítima e reconhecido que
Estados vivem apuros financeiros, o presidente do PT, José Dirceu, afirmou ontem que não considera "razoável" a pressão de governadores e prefeitos, inclusive
petistas, pela renegociação da dívida de Estados e municípios.
Ontem, ele deu a entender que o
o futuro governo de Luiz Inácio
Lula da Silva não pretende rever a
questão antes de conseguir a
aprovação das reformas tributária e previdenciária. "Discutir a
seco a renegociação da dívida dos
Estados hoje, com a meta de superávit fiscal, com o constrangimento fiscal que nós temos e com os
problemas externos que o país
tem, não é razoável", disse ele ontem em entrevista ao programa
"Roda Viva", da TV Cultura.
Dirceu sugeriu ontem que governadores e prefeitos interessados em renegociar suas dívidas façam um "pacto" em defesa das reformas tributária e fiscal, instrumentos que criariam condições
para uma futura renegociação das
dívidas de Estados e municípios.
Só depois disso a reivindicação de
governadores e prefeitos poderia
ser atendida.
(JOÃO CARLOS SILVA)
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