São Paulo, sexta-feira, 29 de outubro de 2004

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OUTRO LADO

Ex-prefeito afirma em nota que quer ter acesso aos documentos

DA REPORTAGEM LOCAL

A assessoria de Paulo Maluf encaminhou nota afirmando que "a Folha se negou a exibir os documentos que diz estar com ela e que envolveriam pessoa da família de Paulo Maluf", o que, segundo a nota, "obriga que a parte ofendida só tome conhecimento dos papéis no dia seguinte, através do jornal".
Adilson Laranjeira, que assina a nota, afirmou que a reportagem "contraria o Manual de Redação do jornal onde trabalha, que assegura amplo direito de defesa às pessoas envolvidas nas matérias que publica".
"Esse documento de que fala a repórter foi obtido então, sabe-se lá se de maneira criminosa, pois a juíza da 4ª Vara da Fazenda Pública, Renata Okida, onde esse assunto está sendo examinado, exarou no processo, página 11, judiciosamente, dia 22 de outubro de 2004", o segredo de Justiça.
Ele descreveu trecho da decisão judicial: "Pôr fim, observo que o processo deve tramitar sobre segredo de Justiça em virtude de determinados documentos que o instruem, os quais foram obtidos por meio de quebras de sigilos bancário e fiscal, em ações cautelares antecedentes de seqüestro e exibição de documentos, bem como por aqueles encaminhados a este juízo em virtude da Cooperação Jurídica Internacional instituída com o Brasil".
Na decisão, a juíza determinou o bloqueio dos bens de Maluf e de outras 36 pessoas ou empresas no valor de R$ 5 bilhões."Paulo Maluf não tem e nunca teve conta no exterior", conclui Laranjeira.


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