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OUTRO LADO
Ex-prefeito afirma em nota que quer ter acesso aos documentos
DA REPORTAGEM LOCAL
A assessoria de Paulo Maluf encaminhou nota afirmando que "a
Folha se negou a exibir os documentos que diz estar com ela e
que envolveriam pessoa da família de Paulo Maluf", o que, segundo a nota, "obriga que a parte
ofendida só tome conhecimento
dos papéis no dia seguinte, através do jornal".
Adilson Laranjeira, que assina a
nota, afirmou que a reportagem
"contraria o Manual de Redação
do jornal onde trabalha, que assegura amplo direito de defesa às
pessoas envolvidas nas matérias
que publica".
"Esse documento de que fala a
repórter foi obtido então, sabe-se
lá se de maneira criminosa, pois a
juíza da 4ª Vara da Fazenda Pública, Renata Okida, onde esse assunto está sendo examinado, exarou no processo, página 11, judiciosamente, dia 22 de outubro de
2004", o segredo de Justiça.
Ele descreveu trecho da decisão
judicial: "Pôr fim, observo que o
processo deve tramitar sobre segredo de Justiça em virtude de determinados documentos que o
instruem, os quais foram obtidos
por meio de quebras de sigilos
bancário e fiscal, em ações cautelares antecedentes de seqüestro e
exibição de documentos, bem como por aqueles encaminhados a
este juízo em virtude da Cooperação Jurídica Internacional instituída com o Brasil".
Na decisão, a juíza determinou
o bloqueio dos bens de Maluf e de
outras 36 pessoas ou empresas no
valor de R$ 5 bilhões."Paulo Maluf não tem e nunca teve conta no
exterior", conclui Laranjeira.
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