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SÃO PAULO/CAMPANHA
Candidato tucano afirma que "já teria ganho" se as pesquisas decidissem a eleição; Alckmin pede tranqüilidade
Serra diz não estar preocupado com pesquisas
RICARDO BRANDT
CATIA SEABRA
DA REPORTAGEM LOCAL
O candidato a prefeito de São
Paulo José Serra (PSDB) afirmou
ontem que não está preocupado
com a redução da diferença entre
ele e a prefeita Marta Suplicy (PT),
segundo a pesquisa Datafolha, e
defendeu que "se pesquisa decidisse eleição, já teria ganho".
Os números do Datafolha mostram Serra com 49% das intenções de voto, contra 42% da prefeita Marta -diferença de sete
pontos. Na pesquisa anterior, a
distância entre os adversários era
de dez pontos percentuais -51%
do tucano, contra 41% da petista.
"O que importa é a pesquisa do
dia da eleição, a pesquisa da urna.
Se pesquisa decidisse eleição, eu já
teria ganho, porque continuo
bem na frente", afirmou.
Serra encerrou ontem seu último dia de campanha oficial com
uma visita à Igreja São Judas Tadeu, participou de entrevista na
rádio América e fez campanha na
Vila Prudente (zona leste).
Na caminhada, Serra contou
com a presença de seu mais ilustre
cabo eleitoral, o governador de
São Paulo, Geraldo Alckmin.
O governador defendeu que
não deve haver alteração na campanha. "Não vejo razão para nenhuma mudança."
Para o coordenador político da
campanha, Aloysio Nunes Ferreira, "sete pontos de diferença ainda é muito para se conseguir reverter" neste período.
Embora minimize a influência
dos números, Alckmin decidiu
participar da última atividade oficial de campanha de Serra depois
da divulgação da pesquisa Datafolha. O governador telefonou, às
23h de anteontem, para o deputado Edson Aparecido, coordenador de campanha de Serra, oferecendo sua presença.
Alckmin soube do resultado da
pesquisa horas antes. Informado
do resultado, recomendou tranqüilidade. "Vamos manter a cabeça fria." Questionado ontem se
sua presença tinha alguma relação com os resultados, ele negou.
Reação
O candidato José Serra justificou que os ataques feitos em seu
programa de anteontem a Marta
Suplicy foram uma defesa contra
o PT. O programa de anteontem
mostrou imagens da prefeita discutindo com um jornalista da Rede Globo e com uma dentista.
"O que houve foi uma defesa
com relação a um jornal difamador que o PT distribuiu e que a
Justiça inclusive mandou recolher", afirmou Serra.
O impresso a que se refere o
candidato é uma cópia do jornal
"Agora", do grupo Folha da Manhã, com textos enaltecendo a
prefeita e atacando Serra. A Justiça determinou a apreensão do
material apócrifo.
"É de uma gravidade muito
grande. O que quisemos dizer no
programa de ontem [anteontem]
é que até domingo o PT pode fazer provocações ainda mais sérias", disse Aparecido.
"Nós fizemos um programa a 48
horas da eleição para alertar a população das provocações do PT.
O PT utilizou 42 mil segundos de
ataques contra o Serra", disse.
Ontem, o juiz auxiliar da propaganda da 1ª Zona Eleitoral, Roberto Maia Filho, concedeu liminar,
pedida pela coligação que apóia
Marta Suplicy, determinando a
apreensão do jornal "São Paulo
Urgente", produzido pelo PSDB,
que trazia críticas à gestão petista.
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