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Em discurso, Suplicy afirma que namorada não quis prejudicar
DA REPORTAGEM LOCAL
Em discurso na praça da Sé para cerca de 2.500 pessoas, segundo
cálculos da Polícia Militar, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) disse ontem que a entrevista de sua
namorada, Mônica Dallari, à revista "Veja" "não quis prejudicar"
a campanha de Marta Suplicy
(PT) à reeleição.
O senador negou que a entrevista tenha sido "premeditada", como alguns petistas chegaram a dizer. Suplicy, porém, deixou transparecer que concordou com as
afirmações de sua namorada.
"Na verdade, o que ela disse,
com sinceridade, [é] que às vezes
não estavam dando o devido respeito ao senador." No depoimento à revista, Mônica afirmou que
se irrita com Marta "e com o PT
também nos momentos em que
ele [Suplicy] é tratado com desrespeito". Como exemplo, lembrou do caso "em que ela [Marta]
o mandou calar a boca num evento público".
Para o senador, "o que ela estava dizendo era algo que merece
reflexão, e não foi com o intuito
de prejudicar, de maneira nenhuma, a campanha da Marta, que
agora vai ser vitoriosa."
Na entrevista, Mônica afirmou
estar descontente com a maneira
com a qual a petista estava conduzindo a campanha e disse que, se
o candidato fosse Suplicy, seria
diferente. "A linha que está sendo
adotada no segundo turno, de
ataques a José Serra, de agressividade, de composição política, isso
é nitidamente o oposto do que o
Eduardo faria", afirmou ela.
Em seu discurso ontem na praça da Sé, Suplicy afirmou que
Marta está reduzindo a diferença
em relação a Serra porque sua
campanha passou a adotar as recomendações de Mônica e as
suas, que tem feito "insistentemente".
(CG/PDL)
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