São Paulo, sexta-feira, 29 de outubro de 2004

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Em discurso, Suplicy afirma que namorada não quis prejudicar

DA REPORTAGEM LOCAL

Em discurso na praça da Sé para cerca de 2.500 pessoas, segundo cálculos da Polícia Militar, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) disse ontem que a entrevista de sua namorada, Mônica Dallari, à revista "Veja" "não quis prejudicar" a campanha de Marta Suplicy (PT) à reeleição.
O senador negou que a entrevista tenha sido "premeditada", como alguns petistas chegaram a dizer. Suplicy, porém, deixou transparecer que concordou com as afirmações de sua namorada.
"Na verdade, o que ela disse, com sinceridade, [é] que às vezes não estavam dando o devido respeito ao senador." No depoimento à revista, Mônica afirmou que se irrita com Marta "e com o PT também nos momentos em que ele [Suplicy] é tratado com desrespeito". Como exemplo, lembrou do caso "em que ela [Marta] o mandou calar a boca num evento público".
Para o senador, "o que ela estava dizendo era algo que merece reflexão, e não foi com o intuito de prejudicar, de maneira nenhuma, a campanha da Marta, que agora vai ser vitoriosa."
Na entrevista, Mônica afirmou estar descontente com a maneira com a qual a petista estava conduzindo a campanha e disse que, se o candidato fosse Suplicy, seria diferente. "A linha que está sendo adotada no segundo turno, de ataques a José Serra, de agressividade, de composição política, isso é nitidamente o oposto do que o Eduardo faria", afirmou ela.
Em seu discurso ontem na praça da Sé, Suplicy afirmou que Marta está reduzindo a diferença em relação a Serra porque sua campanha passou a adotar as recomendações de Mônica e as suas, que tem feito "insistentemente". (CG/PDL)


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