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SÃO PAULO/JUSTIÇA ELEITORAL
Tribunal considera que Márcio Chaves usou evento oficial para campanha; coligação diz que recorrerá
TSE cassa candidatura de petista em Mauá
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) cassou ontem a candidatura do petista Márcio Chaves a prefeito de Mauá (SP). Por 4 votos
contra 3, o tribunal considerou
que ele violou a Lei Eleitoral ao
utilizar um evento público, uma
exposição organizada pela prefeitura, para promoção pessoal.
Chaves é o atual vice-prefeito da
cidade da Grande São Paulo.
Segundo o processo, a prefeitura realizou a exposição "Túnel do
Tempo" com o objetivo formal de
comemorar os 50 anos de emancipação de Mauá. O vice-prefeito,
porém, teria aproveitado o evento
para veicular vídeo que promovia
sua candidatura e distribuir panfletos com a mesma finalidade.
O artigo 73 da Lei Eleitoral (nš
9.504/97) contém uma série de
"condutas vedadas aos agentes
públicos" no período eleitoral,
para impedir o uso da máquina
administrativa e tentar garantir
equilíbrio na disputa. A cassação
da candidatura ocorreu com base
nesse artigo. Em tese, o candidato
petista ainda pode recorrer ao
STF (Supremo Tribunal Federal).
Chaves recebeu no primeiro
turno 91.910 votos (45,77% da votação válida) e foi para o segundo
turno com Leonel Damo (PV),
que teve 79.584 votos. Com a cassação da candidatura do petista,
os votos que foram dados a ele são
anulados, e a soma da votação dele com os votos efetivamente nulos ultrapassa a metade dos votos.
Cabe ao TRE (Tribunal Regional
Eleitoral) de São Paulo decidir se
convoca ou não nova eleição.
O coordenador de marketing
do PT em Mauá, Tarcísio Tadeu
Garcia Pereira, disse que os advogados da campanha entrarão hoje
com recurso para tentar suspender a cassação. Pereira lamentou a
decisão às vésperas da eleição, o
que, na visão dele, "tumultua o
processo eleitoral na cidade" e
previu o protesto dos partidários
de Chaves. "Segundo pesquisas, o
Márcio tem 53% das intenções.
Cremos que, com esse quadro, na
segunda aconteça uma revolta."
O coordenador negou que a exposição tenha sido usada de forma eleitoreira. "[Ela] foi uma forma de o atual prefeito Oswaldo
Dias [PT] mostrar a evolução da
cidade nestes últimos oito anos."
Colaborou o "Agora"
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