DA REDAÇÃO

O tucano José Serra chegou para a entrevista com a Folha, realizada na noite de segunda-feira num restaurante próximo de sua casa, na vizinhança da praça Panamericana, cantarolando baixo um refrão ouvido na cerimônia gospel de que participara pouco antes: "tudo vai dar certo".
Uma mudança e tanto para quem se lembra de Serra na campanha presidencial de 2002. Ele nega. Diz que sua encarnação antipática é lenda alimentada por jornalistas. Que nunca enfrentou esse problema no contato com a população. Mas o tucano deixa em aberto a possibilidade de estar mesmo um tanto diferente na disputa deste ano. "Até minha filha diz isso."
De todo modo, afirma que a fase "paz e amor" não terminará no próximo domingo, como prevêem adversários e temem alguns conhecidos.
Cauteloso no limite da superstição, recusa-se a fazer qualquer conjectura administrativa baseada na vantagem que lhe dão as pesquisas. "Vocês podem não acreditar, mas eu acredito firmemente que não ganhei nada ainda."


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