São Paulo, domingo, 29 de outubro de 2006 |
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Painel Seguro-mandato
Se reeleito hoje, Lula vai deflagrar de imediato uma
série de conversas com o objetivo de montar a equipe
do segundo mandato e garantir ao governo sustentação no Congresso. Paralelamente ao desenho da distribuição de cargos em ministérios e estatais, o presidente se dedicará à construção de uma maioria parlamentar. Para isso, além de negociar com os partidos,
quer construir uma rede de governadores aliados, aos
quais pretende delegar a missão de controlar bancadas próprias, suprapartidárias, de seus Estados. Encruzilhada. Marta Suplicy deve mesmo ser ministra das Cidades. No governo, há quem ache que a ex-prefeita poderia ficar os quatro anos, de olho na sucessão de Lula, mas a maioria dá de barato que ela sai em 2008 para disputar a eleição paulistana. Microondas. Numa das últimas reuniões de sua coordenação de campanha, Lula foi advertido por um auxiliar direto: é necessário ser rápido na composição das pastas para evitar o início da tradicional fritura que já queimou muitos quase-ministros. Testamento. Márcio Thomaz Bastos repetiu a colegas que deixará o cargo. O ministro da Justiça acha que acertou no que mais queria: envolvido com uma nova operação a ser deflagrada ainda este ano, Paulo Lacerda dá sinais de que deve permanecer no comando da Polícia Federal. Rumo a 2008. Com território escasso, o PFL se articula para manter a Prefeitura de São Paulo. Temerosa de que Alckmin, uma vez derrotado, queira disputar a cadeira de Gilberto Kassab, a cúpula da sigla já entrou em campanha para que o tucano assuma a presidência do PSDB.
Fatura. Quando o assunto é
"Alckmin prefeito", os pefelistas dizem que foram mais
leais ao tucano que muitos
correligionários. "Ele tem de
saber que a parceria política
pressupõe dar espaços aos
aliados", diz um cardeal. Banho-maria. Mais do que a ala paulista, o grupo que deve ser colocado em xeque no PT é o dos sindicalistas. Os dirigentes, porém, tentarão evitar o assunto terça, na reunião da Executiva Nacional, para não azedar o clima da esperada vitória de Lula. No forno. O Ministério Público Federal avisou a ex-integrantes da CPI dos Correios que, uma vez proclamado o resultado das eleições, vem aí uma nova leva de denúncias como desdobramento do escândalo do mensalão. Batuta. A sucessão a ser feita em 1º de janeiro no Palácio dos Bandeirantes poderá balançar a árvore do maestro John Neschling à frente da Orquestra Sinfônica de SP. Leva e traz. Apesar de ilegal, o transporte de eleitores deverá ser, de novo, determinante na disputa de hoje no Maranhão. "Só que agora não apenas a Roseana tem estrutura para isso", diz um aliado de Jackson Lago (PDT).
Fluxo. O PSB está sendo assediado por políticos interessados em se filiar ao partido, que deve comandar a partir
do ano que vem dois Estados
do Nordeste. No Ceará, onde a
sigla já ganhou, dissidentes do
tassismo sinalizam adesão a
Cid e Ciro Gomes. Em Pernambuco, onde Eduardo
Campos é favorito, o êxodo
será no PMDB e no PSDB. De ANDREA MATARAZZO , ex-ministro de Fernando Henrique Cardoso, sobre o receio dos tucanos de defender, na campanha eleitoral, o que foi feito no período em que o partido ocupou a Presidência. Contraponto Roma
Marco Aurélio Garcia conversava com
outros petistas na Rede Globo, pouco antes do debate de sexta, quando foi chamado por Dilma Rousseff, que num lapso
errou o nome do colega: |
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