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Política de emergência atenua estrago
DA AGÊNCIA FOLHA
Apesar de a seca continuar trazendo prejuízos à
população do semi-árido,
o Brasil não registra número elevado de mortes
relacionadas ao fenômeno
há cerca de 60 anos.
Segundo o economista
Gustavo Maia Gomes, da
Esaf (Escola de Administração Fazendária) do Ministério da Fazenda, autor
do livro "Velhas Secas em
Novos Sertões" (Ipea, 294
págs.), desde 1942 -quando as políticas emergenciais começaram- o registro de mortes de pessoas e
gado deixou de ocorrer em
larga escala. "Em meados
do século passado, as políticas emergenciais tornaram-se quase automáticas. O efeito destas medidas é positivo, e a mortandade diminuiu drasticamente", disse Gomes.
Ele cita a seca de 1877,
quando, segundo documentos pesquisados pela
Sudene (Superintendência do Desenvolvimento
do Nordeste), há estimativa de que cerca de 500 mil
pessoas tenham morrido
no Ceará -número que
representava mais da metade da população do Estado na época.
(CA)
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