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São Paulo, sábado, 29 de novembro de 2003

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BANESTADO

Depoimentos revelam elo com empresa

DO FREE-LANCE PARA A FOLHA CAMPINAS

A CPI mista do Banestado obteve ontem em Campinas dois depoimentos e documentos que indicam a ligação da Lugatur Turismo e Câmbio, dos doleiros Felice Aggio e José Luiz de Castro Meza, com as contas mantidas pela empresa Beacon Hill, no Chase Manhattan Bank, em Nova York.
A empresa é peça-chave nas investigações sobre a remessa de US$ 30 bilhões para o exterior pela agência do Banestado, em Nova York. Até o momento não havia a confirmação da ligação dos doleiros com as contas.
Karl Wilhelm Arps, ex-funcionário da Coca-Cola no Brasil, afirmou à CPI que aproximadamente 20 cheques da agência do Citibank, em Nova York, trocados por ele por reais na Lugatur, entre os anos de 1997 e 1998, foram sacados em nome da Beacon Hill.
Há também cheques em nome da Lespan S.A. A duas contas movimentadas por doleiros de São Paulo no esquema de envio de dinheiro ao exterior pelas contas CC5 (de não-residentes) são a Tucano e a Lespan. De acordo com Arps, o dinheiro trocado por ele era referente ao pagamento de seu salário, que era feito, em parte, em dólares, no Estados Unidos.
Outra testemunha, a comerciante Eloísa Elza Berteli, que é viúva de um ex-diretor da Rockwell-Fumagalli, em Detroit, afirmou que enviou dinheiro para o Brasil por intermédio da Lugatur.
Segundo ela, a empresa indicava uma conta no Chase Manhattan, em Nova York, para os depósitos. O dinheiro teria sido obtido com o seguro de vida de seu marido e também com aplicações.
Berteli afirmou ter ouvido falar da existência de uma conta denominada Tucano, mas não soube dizer se essa foi a conta usada pela Lugatur. (PAULO REDA)


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