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BANESTADO
Depoimentos revelam elo com empresa
DO FREE-LANCE PARA A FOLHA CAMPINAS
A CPI mista do Banestado obteve ontem em Campinas dois depoimentos e documentos que indicam a ligação da Lugatur Turismo e Câmbio, dos doleiros Felice
Aggio e José Luiz de Castro Meza,
com as contas mantidas pela empresa Beacon Hill, no Chase Manhattan Bank, em Nova York.
A empresa é peça-chave nas investigações sobre a remessa de
US$ 30 bilhões para o exterior pela agência do Banestado, em Nova
York. Até o momento não havia a
confirmação da ligação dos doleiros com as contas.
Karl Wilhelm Arps, ex-funcionário da Coca-Cola no Brasil, afirmou à CPI que aproximadamente
20 cheques da agência do Citibank, em Nova York, trocados
por ele por reais na Lugatur, entre
os anos de 1997 e 1998, foram sacados em nome da Beacon Hill.
Há também cheques em nome
da Lespan S.A. A duas contas movimentadas por doleiros de São
Paulo no esquema de envio de dinheiro ao exterior pelas contas
CC5 (de não-residentes) são a Tucano e a Lespan. De acordo com
Arps, o dinheiro trocado por ele
era referente ao pagamento de seu
salário, que era feito, em parte, em
dólares, no Estados Unidos.
Outra testemunha, a comerciante Eloísa Elza Berteli, que é
viúva de um ex-diretor da Rockwell-Fumagalli, em Detroit, afirmou que enviou dinheiro para o
Brasil por intermédio da Lugatur.
Segundo ela, a empresa indicava uma conta no Chase Manhattan, em Nova York, para os depósitos. O dinheiro teria sido obtido
com o seguro de vida de seu marido e também com aplicações.
Berteli afirmou ter ouvido falar
da existência de uma conta denominada Tucano, mas não soube
dizer se essa foi a conta usada pela
Lugatur.
(PAULO REDA)
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