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À CPI Lacerda nega ter levado dinheiro a hotel
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Hamilton Lacerda, ex-coordenador da campanha de Aloizio Mercadante (PT) ao governo de São
Paulo, voltou a negar ontem ter entregue R$ 1,7
milhão a Gedimar Passos e
Valdebran Padilha.
Ele prestou depoimento
à CPI dos Sanguessugas
logo após Gedimar Passos.
"O depoimento dele é
parecido com o de todos os
outros. Contou uma história que não dá para acreditar", disse o deputado Fernando Gabeira (PV), sub-relator da comissão.
Lacerda é apontado pela
PF como o homem que entregou o dinheiro a Gedimar e Valdebran em malas
em um hotel de SP.
"Eu fiz a distribuição
[dos boletos] para todos os
diretórios", disse Lacerda.
"Reafirmo o que disse no
meu depoimento à PF".
Sobre a segunda ida ao
hotel, na madrugada do
dia 15, Lacerda contou a
mesma versão que havia
dado à PF. "Fui entregar
roupas ao Gedimar".
O deputado Júlio Redecker (PSDB-RS) insistiu
em saber quais roupas ele
teria levado para Gedimar
e por quanto tempo teria
ficado no banheiro ao visitá-lo. Numa tentativa de
ridicularizar a indagação,
o deputado petista Eduardo Valverde (RO) perguntou a Lacerda se ele era
"gay", dizendo que os
questionamentos do tucano eram tão irrelevantes
para o caso quanto saber a
opção sexual do depoente.
Lacerda negou ter tido
um "telefone de segurança" para fazer ligações estratégicas durante a campanha. Para a PF, ele usou
o celular da atriz Ana Paula Vieira para trocar telefonemas com pessoas que
participaram da operação,
entre elas Gedimar, Expedito Veloso e Oswaldo
Bargas, integrantes da
campanha de Lula.
"Tomei conhecimento
sobre esse telefone pela
imprensa. A mesma imprensa que disse que eu tinha quatro empregos e
que meu pai era dono de 11
imóveis em São Caetano
do Sul", disse. "Não conheço essa Ana Paula".
No final do depoimento,
ao falar sobre sua trajetória no PT e da sua decisão
de se desligar da sigla, chorou. "Assumo minhas responsabilidades políticas."
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