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OUTRO LADO
"Meu nome foi usado", afirma policial citado
DA REPORTAGEM LOCAL
O delegado Nivaldo Bernardi
diz que o seu nome foi "usado"
porque ele era chefe da delegacia fazendária quando ocorreram as gravações da PF.
"Como é que posso fazer parte do esquema se eles não têm
meu telefone? O Bellini cita o
meu nome para fazer um agá
com os amigos deles."
Bernardi diz conhecer um diretor da Metron chamado Silvio. Confirma que conversou
com ele no dia em que os componentes foram apreendidos.
"Liguei para a Metron e disse
que, se o Bellini interferisse, ele
seria preso." O delegado diz
que nunca recebeu patrocínio
nem computadores da Metron.
Procurada pela Folha, a Metron não quis se pronunciar.
Em relação à conversa gravada com a Tecnet, ele diz tratar
de verba para patrocínio. Da
HVA, empresa que aparece nas
investigações da Operação
Anaconda, Bernardi diz usar o
motoboy: "Eu estava cobrando
um patrocínio atrasado", diz.
A empresa de segurança citada na conversa é "só uma brincadeira com um colega".
Para frisar que não tem relações com o grupo preso, Bernardi conta ter afastado o agente César Herman Rodriguez da
delegacia fazendária "pelas informações que tinha dele".
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