|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Unafisco, CPT e Contag repudiam crime dos fiscais
DA REDAÇÃO
O presidente da Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura), Manoel
dos Santos, disse acreditar que fazendeiros da região de Unaí, em
Minas, estejam envolvidos no crime contra os três auditores fiscais
do Trabalho e o motorista que os
levava, ocorrido anteontem.
"O que posso dizer é que tenho
uma intuição, e a própria realidade aponta para essa direção, de
que o assassinato dos fiscais foi
uma reação de quem não quer
que haja fiscalização na região."
Os fiscais assassinados estavam
averiguando denúncia de condições irregulares de trabalho na região feita pela Federação dos Trabalhadores na Agricultura de Minas, baseada em denúncia da própria Contag do final de 2003.
Para Santos, o ato é o "extremo"
do desrespeito às autoridades e às
instituições. "Querem voltar ao
mundo sem lei, sem regra."
Em nota, a CPT (Comissão Pastoral da Terra) se diz "consternada" com o ocorrido. Para o órgão,
os fiscais foram executados no
cumprimento de suas funções, e
os "interesses do latifúndio e do
agronegócio se sobrepõem à vida,
às pessoas, à lei". A Unafisco (sindicato dos fiscais) emitiu nota em
que "repudia a violência [que foi]
praticada". A entidade crê que o
assassinato é um "crime contra
todos os trabalhadores".
Antônio de Salvo, presidente da
CNA (entidade que representa os
produtores rurais), não foi achado para falar sobre o caso.
Texto Anterior: Lista de suspeitos de força-tarefa inclui ruralistas Próximo Texto: Multimídia: Site britânico dá destaque a crime Índice
|