São Paulo, sexta-feira, 30 de janeiro de 2004

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Unafisco, CPT e Contag repudiam crime dos fiscais

DA REDAÇÃO

O presidente da Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura), Manoel dos Santos, disse acreditar que fazendeiros da região de Unaí, em Minas, estejam envolvidos no crime contra os três auditores fiscais do Trabalho e o motorista que os levava, ocorrido anteontem.
"O que posso dizer é que tenho uma intuição, e a própria realidade aponta para essa direção, de que o assassinato dos fiscais foi uma reação de quem não quer que haja fiscalização na região."
Os fiscais assassinados estavam averiguando denúncia de condições irregulares de trabalho na região feita pela Federação dos Trabalhadores na Agricultura de Minas, baseada em denúncia da própria Contag do final de 2003.
Para Santos, o ato é o "extremo" do desrespeito às autoridades e às instituições. "Querem voltar ao mundo sem lei, sem regra."
Em nota, a CPT (Comissão Pastoral da Terra) se diz "consternada" com o ocorrido. Para o órgão, os fiscais foram executados no cumprimento de suas funções, e os "interesses do latifúndio e do agronegócio se sobrepõem à vida, às pessoas, à lei". A Unafisco (sindicato dos fiscais) emitiu nota em que "repudia a violência [que foi] praticada". A entidade crê que o assassinato é um "crime contra todos os trabalhadores".
Antônio de Salvo, presidente da CNA (entidade que representa os produtores rurais), não foi achado para falar sobre o caso.


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