DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Os senadores Antero Paes de Barros (PSDB-MT) e Demóstenes Torres (PFL-GO), criticaram ontem, em discursos, o que consideram excesso de poder do ministro da Casa Civil, José Dirceu.
Antero afirmou que Dirceu está governando na ausência do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, "ofuscando" o vice-presidente, José Alencar.
Demóstenes, por sua vez, chamou Dirceu de "Fanfarrão Minésio", comparando-o ao governador da Capitania de Minas Gerais entre 1783 e 88, Dom Luís da Cunha Meneses, "um déspota total que se posicionava acima até das Ordenações do Reino".
Dirceu, segundo Demóstenes, "apesar de possuir poder derivado, governa este país de fato a partir de distúrbios absolutistas".
Antero, chamou o ministro de "super-Zé" e afirmou que ele está agindo com a ""desenvoltura de um primeiro ministro".
Ontem, o secretário de Imprensa da Presidência, Ricardo Kotscho, negou que o presidente tenha a intenção de enquadrar Dirceu quando voltar ao Brasil ou que considere que Dirceu esteja extrapolando suas funções de gerenciamento, conforme reportagem publicada ontem na Folha.


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