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Serra deve apoiar Alckmin, dizem 60% dos eleitores
Para a maioria dos entrevistados, o governador de SP deve
apoiar o tucano, e não Kassab, na disputa pela prefeitura
Entre os que se declaram
eleitores do prefeito da
capital, 29% afirmam que
Serra deve defender nome
do seu próprio partido
DA REPORTAGEM LOCAL
Apesar da simpatia pelo prefeito Gilberto Kassab (DEM), o
governador de São Paulo, José
Serra (PSDB), terá que apoiar
Geraldo Alckmin, se depender
da vontade do eleitor. Segundo
pesquisa Datafolha, 60% dos
entrevistados afirmam que
Serra deverá dar apoio ao candidato do seu partido caso
Alckmin e Kassab concorram à
Prefeitura de São Paulo.
Segundo o Datafolha, 25%
dos entrevistados responderam que Serra deveria apoiar
Kassab. Três por cento disseram que o governador poderia
apoiar os dois, enquanto 9%
optaram por "nenhum dos
dois" como resposta.
O índice dos que defendem o
apoio de Serra a Alckmin é ainda maior entre os simpatizantes do PSDB. Chega a 80%.
Num momento de turbulência
no tucanato, 61% dos entrevistados que declaram o PSDB como partido de preferência afirmam que pretendem votar em Alckmin, enquanto 18% optam
por Kassab.
Até 29% dos eleitores de Kassab afirmam que Serra deveria
mesmo apoiar Alckmin.
Ainda de acordo com a pesquisa, um quarto do eleitorado
(25%) afirma que poderia votar
no candidato indicado por Serra. Outros 24% responderam
que o apoio de Serra faria com
que não votassem nesse candidato, enquanto 48% disseram
que seria indiferente.
Consolidada a candidatura
de Alckmin à prefeitura, os
alckmistas cobram o apoio de
Serra. O governador, no entanto, evita declarações enfáticas.
Já 17% dos entrevistados responderam que poderiam votar
no candidato do presidente
Luiz Inácio Lula da Silva, enquanto 23% disseram que a indicação de Lula faria com que
não votasse nele. Mais da metade (55%) afirmou que o apoio
de Lula seria indiferente.
Para os candidatos, um alerta: 51% dos entrevistados responderam que mudariam seu
voto caso soubessem que seu
candidato a prefeito tem planos
de permanecer apenas por dois
anos no cargo, lançando-se à
Presidência em 2010. Outros
44% afirmaram que votariam
nele mesmo assim.
Esses números se invertem
apenas entre os que declaram
voto em Geraldo Alckmin: 52%
dos eleitores do tucano responderam que votariam nele ainda
que soubessem dessa pretensão, enquanto 43% disseram
que mudariam o voto.
O eleitorado fica dividido
quando se leva em consideração a troca da prefeitura pelo
Palácio dos Bandeirantes, a
exemplo do que fez Serra em
2006. Segundo a pesquisa, 48%
dos entrevistados disseram que
manteriam o voto no candidato
ainda que conhecessem essa
ambição; 47% mudariam.
Mais da metade (52%) dos
eleitores de Marta Suplicy disseram que mudariam de voto se
soubessem da disposição da petista de concorrer ao governo
estadual em 2010, enquanto
45% disseram que manteriam
o voto. Já 59% dos eleitores de
Alckmin votariam nele mesmo
se concorresse ao Bandeirantes, mas 38% mudariam de voto. Entre eleitores de Kassab,
53% manteriam o voto e 44%
mudariam.
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