São Paulo, domingo, 30 de março de 2008

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Serra deve apoiar Alckmin, dizem 60% dos eleitores

Para a maioria dos entrevistados, o governador de SP deve apoiar o tucano, e não Kassab, na disputa pela prefeitura

Entre os que se declaram eleitores do prefeito da capital, 29% afirmam que Serra deve defender nome do seu próprio partido

DA REPORTAGEM LOCAL

Apesar da simpatia pelo prefeito Gilberto Kassab (DEM), o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), terá que apoiar Geraldo Alckmin, se depender da vontade do eleitor. Segundo pesquisa Datafolha, 60% dos entrevistados afirmam que Serra deverá dar apoio ao candidato do seu partido caso Alckmin e Kassab concorram à Prefeitura de São Paulo.
Segundo o Datafolha, 25% dos entrevistados responderam que Serra deveria apoiar Kassab. Três por cento disseram que o governador poderia apoiar os dois, enquanto 9% optaram por "nenhum dos dois" como resposta.
O índice dos que defendem o apoio de Serra a Alckmin é ainda maior entre os simpatizantes do PSDB. Chega a 80%. Num momento de turbulência no tucanato, 61% dos entrevistados que declaram o PSDB como partido de preferência afirmam que pretendem votar em Alckmin, enquanto 18% optam por Kassab.
Até 29% dos eleitores de Kassab afirmam que Serra deveria mesmo apoiar Alckmin.
Ainda de acordo com a pesquisa, um quarto do eleitorado (25%) afirma que poderia votar no candidato indicado por Serra. Outros 24% responderam que o apoio de Serra faria com que não votassem nesse candidato, enquanto 48% disseram que seria indiferente.
Consolidada a candidatura de Alckmin à prefeitura, os alckmistas cobram o apoio de Serra. O governador, no entanto, evita declarações enfáticas.
Já 17% dos entrevistados responderam que poderiam votar no candidato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, enquanto 23% disseram que a indicação de Lula faria com que não votasse nele. Mais da metade (55%) afirmou que o apoio de Lula seria indiferente.
Para os candidatos, um alerta: 51% dos entrevistados responderam que mudariam seu voto caso soubessem que seu candidato a prefeito tem planos de permanecer apenas por dois anos no cargo, lançando-se à Presidência em 2010. Outros 44% afirmaram que votariam nele mesmo assim.
Esses números se invertem apenas entre os que declaram voto em Geraldo Alckmin: 52% dos eleitores do tucano responderam que votariam nele ainda que soubessem dessa pretensão, enquanto 43% disseram que mudariam o voto.
O eleitorado fica dividido quando se leva em consideração a troca da prefeitura pelo Palácio dos Bandeirantes, a exemplo do que fez Serra em 2006. Segundo a pesquisa, 48% dos entrevistados disseram que manteriam o voto no candidato ainda que conhecessem essa ambição; 47% mudariam.
Mais da metade (52%) dos eleitores de Marta Suplicy disseram que mudariam de voto se soubessem da disposição da petista de concorrer ao governo estadual em 2010, enquanto 45% disseram que manteriam o voto. Já 59% dos eleitores de Alckmin votariam nele mesmo se concorresse ao Bandeirantes, mas 38% mudariam de voto. Entre eleitores de Kassab, 53% manteriam o voto e 44% mudariam.


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