São Paulo, domingo, 30 de março de 2008

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Apuração deve resultar apenas em advertência

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Uma semana depois de a Casa Civil chamar de "prática criminosa" o vazamento de dados do Planalto, as investigações -restritas a uma comissão de sindicância- indicam que o resultado pode se limitar a uma advertência.
Até a denominação de crime, impressa em nota da Casa Civil, no dia 22, pode ser abandonada, segundo expectativa mais recente no governo, apurou a Folha. No roteiro palaciano, nada se resolve antes do fim de abril.
A comissão de sindicância foi criada na terça passada por Dilma Rousseff, com o objetivo de apurar o vazamento de dados. Integrada por três servidores -da Controladoria Geral da União, da Advocacia Geral da União e da própria Casa Civil-, a comissão se reporta a Erenice Guerra, que determinou a organização de dados com despesas de FHC.
As punições previstas em lei podem ir de uma simples advertência à perda do cargo de confiança ou mesmo demissão. A comissão de sindicância não tem poder de punir. Pode, quando muito, recomendar a abertura de processo administrativo disciplinar. E, no máximo, encaminhar pedido de investigação ao Ministério Público, na hipótese de identificar a prática de crime.
A participação de um grande número de funcionários na tarefa de organização e digitação dos dados é apontada, no Planalto, como o obstáculo à identificação dos responsáveis pelo vazamento dos dados. (MS)


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