São Paulo, terça-feira, 30 de abril de 2002

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PAINEL

Aval jurídico
O departamento jurídico do SBT discutiu com o do PFL na semana passada a legalidade de uma eventual candidatura de Silvio Santos à Presidência. A conclusão foi a de que, como o apresentador não exerce cargos de direção na emissora, está apto a disputar a eleição.

Prazo legal
Segundo a legislação, se tivesse algum cargo na direção do SBT, para ser candidato Silvio Santos precisaria ter se desincompatibilizado da função pelo menos seis meses antes da eleição.

Exemplo recente
O projeto Silvio Santos é hoje apenas uma forma de o PFL aumentar seu cacife na mesa de negociação da sucessão presidencial e mostrar a fragilidade de José Serra. Mas, a exemplo da pré-candidatura Roseana -que tinha a mesma função originalmente-, pode ganhar corpo.

Baú da felicidade
Dirigentes do PFL, liderados pelo deputado Marcondes Gadelha (PB), irão procurar Silvio Santos na próxima semana, quando ele voltar do exterior. Dirão que o dono do SBT é o único nome capaz de derrotar Lula na eleição presidencial.

Carinho governista
Moreira Franco (PMDB) fará acenos ao PFL no programa de TV partido, a ser exibido na quinta-feira. O ex-assessor de FHC defenderá o retorno do partido à aliança governista. A citação do PFL foi combinada com Michel Temer (PMDB-SP).

Dúvida cruel
Caso Serra não deslanche nas pesquisas eleitorais até o mês de junho, o PMDB avalia que ficará mais difícil aprovar na convenção a coligação com os tucanos.

Sem acordo
Em uma tentativa de salvar a Frente Trabalhista, a cúpula do PPS propôs a substituição de Antônio Britto por José Fogaça como candidato ao governo do RS. Leonel Brizola não aceitou. Não abre mão de lançar o pedetista José Fortunati ao cargo.

Lei do camarão
A bancada de senadores do PDT enviou um documento a Brizola no qual pede que, caso fracasse a aliança com Ciro Gomes, o partido não tenha candidato à Presidência. A fim de liberar as coligações nos Estados.

Teoria da relatividade
Nelson Jobim participa de um grupo de estudos de lógica matemática em seu gabinete no STF. Com ajuda de um quadro-negro, Jobim, Gilmar Mendes e alguns advogados discutem a aplicação dos princípios matemáticos na teoria do Direito.

Cálculo tucano
As aulas de matemática de Nelson Jobim já começaram a dar resultado. No julgamento da verticalização das coligações, o qual, segundo a oposição, teria favorecido Serra, o ministro citou a teoria dos cálculos.

Atração e repulsão
Do líder do PMDB na Câmara, Geddel Vieira Lima (BA), sobre o veto da cúpula do partido aos nomes de Rita Camata (ES) e de Pedro Simon (RS) para a vice de Serra: "Não é veto. O problema é a falta de afinidades eletivas".

25ª Hora
No evento dos presidenciáveis da Força Sindical, ontem, Anthony Garotinho (PSB-RJ) narrou histórias de pessoas miseráveis que teria atendido com seus programas sociais no Rio. Equipes dos outros candidatos ironizaram: "Parece programa de TV evangélico na madrugada".

No ar
Jô Soares (Globo) inicia hoje um ciclo de entrevistas com os presidenciáveis. Os primeiros serão Ciro Gomes e Enéas.

Visita à Folha
Eduardo Pereira de Carvalho, presidente da Unica (União da Agroindústria Canavieira de São Paulo), visitou ontem a Folha. Estava acompanhado de José Cláudio Manesco, da Christo, Manesco & Associados.

TIROTEIO

De João Antônio Felício (CUT), sobre o sorteio de prêmios a ser promovido pela Força Sindical no 1º de Maio:
- No mundo todo, o 1º de Maio é um dia de protestos e de reivindicações. Não tem nada a ver com o bingão promovido pela Força Sindical com dinheiro de empresários.

CONTRAPONTO

Atenção seletiva

No evento com os presidenciáveis promovido ontem pela Força Sindical, José Serra (PSDB) iniciou seu discurso com críticas à "antecipação exagerada" do início da corrida eleitoral. Parte da platéia entendeu como crítica indireta aos próprios organizadores do evento, que reuniram presidenciáveis para falar sobre emprego faltando ainda mais de um mês para as convenções partidárias.
Mas Serra logo disse que estava contente em poder debater "idéias" e por estar ao lado da "competentíssima" jornalista Monica Waldvogel, convidada pela Força para mediar a palestra. O senador então virou-se para o representante da central que estava na mesa e perguntou:
- Você não concorda?
Distraído, o sindicalista hesitou. Serra ironizou:
- Acho que ele só concordou a respeito da competentíssima Monica Waldvogel.



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