DA REPORTAGEM LOCAL

Conforme o desejo da cúpula do PT, a crise provocada pelo escândalo do mensalão foi praticamente ignorada no 13º Encontro Nacional do partido. O documento aprovado ontem pelos 1.200 delegados cita rapidamente o tema, num parágrafo perdido no meio de um texto.
"As acusações de corrupção contra membros do partido devem ser investigadas, garantida ampla defesa, e, havendo comprovação, cabe punição rigorosa." O trecho já constava de uma versão preliminar do texto. Propostas mais ousadas, como o envio de mensaleiros para a comissão de ética interna, foram deixadas de lado, assim como uma referência à quebra do sigilo do caseiro Francenildo Costa. Hoje pode haver nova votação de texto que mencione os mensaleiros, mas as chances de aprovação são remotas.
O ex-presidente do partido José Genoino reapareceu ontem no evento. Ele estava sumido desde que foi obrigado a deixar o cargo, há quase um ano. Aplaudido de pé ao ter sua presença anunciada, agradeceu ao coro de militantes erguendo o braço, e recebeu abraços e beijos.
Depois de pedir aposentadoria à Câmara, Genoino prepara sua volta à vida pública: deve se candidatar a deputado federal.


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