São Paulo, segunda-feira, 30 de abril de 2007

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Frias confiava no Brasil, diz Lula

Para presidente, empresário "tinha personalidade marcante, que unia simplicidade, dinamismo e inteligência"

FHC afirma que sempre o viu "inquieto e preservando a independência da Folha, que, junto com a família, era sua grande paixão"


Jorge Araújo - 28.abr.2006/Folha Imagem
O empresário com o presidente Lula, em sua casa em São Paulo, em abril do ano passado


DA REDAÇÃO

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, 61, afirmou que o Brasil perde um de seus "mais lúcidos e destacados homens de imprensa" com a morte ontem do empresário Octavio Frias de Oliveira.
"Responsável pela modernização do jornal Folha de S.Paulo e pela sua transformação num dos mais importantes órgãos de comunicação do país, o dr. Frias tinha uma personalidade marcante e cativante, que unia simplicidade, dinamismo, inteligência e confiança no Brasil", afirmou o presidente.
"Conheci-o nos anos difíceis em que lutávamos para superar o autoritarismo e reconquistar a democracia. Desde aquela época, ficamos amigos. Tinha por ele grande respeito e carinho. São esses sentimentos que, nesse momento, em meu nome e no do povo brasileiro, quero transmitir à sua família e aos colaboradores e leitores do Grupo Folha."
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, 75, lamentou a perda de um amigo. "Perdi um amigo e o Brasil, um homem de coragem. Conheci o Frias nos anos difíceis do período autoritário e pude acompanhá-lo de perto durante muitos anos. Sempre o vi inquieto e preservando a independência da Folha, que, junto com a família, era sua grande paixão."

 

JOSÉ ALENCAR, 75, vice-presidente da República:
"É uma perda irreparável. Era uma figura notável."

JOSÉ SARNEY, 77, ex-presidente e senador (PMDB-AP):
"Perde o Brasil o seu maior e mais digno construtor de nossa imprensa moderna. Ele era uma criatura do nosso tempo que marcava com sua coragem, seu civismo e seu patriotismo."

ELLEN GRACIE, 59, presidente do STF (Supremo Tribunal Federal):
"Octavio Frias foi um marco no jornalismo brasileiro. Em meu nome e em nome do STF lamento essa grande perda. Frias foi um exemplo de atitudes corretas e de grande rigor com os fatos, sempre com muita ética na prática do jornalismo. Ele deixa um exemplo de coerência para todos nós."

MARTA SUPLICY, 62, ministra do Turismo e ex-prefeita de SP (PT):
"É com tristeza que recebo a notícia da sua morte. Quero expressar meu respeito ao grande homem que foi, e transmitir meus sentimentos à família."

TARSO GENRO, 60, ministro da Justiça (PT):
"Foi uma grande personalidade da história política e jornalística do nosso país. Acolheu nas páginas da Folha toda a diversidade política e ideológica brasileira."

RENAN CALHEIROS, 51, presidente do Senado (PMDB-AL):
"Em nome do Senado, lamento a morte do dr. Frias. Ele não era apenas um empreendedor. Era um homem à frente do seu tempo"

ARLINDO CHINAGLIA , 57, presidente da Câmara (PT-SP):
"Foi um empresário que entra para a história do Brasil como um empreendedor que, por ter uma visão muito além da comercial, transformou a Folha num dos maiores jornais do país."

AÉCIO NEVES, 47, governador de Minas Gerais (PSDB):
"O país perde um de seus homens de maior visão. Considero imensurável a contribuição que Octavio Frias deu à sociedade brasileira em seus mais diferenciados segmentos."

SÉRGIO CABRAL FILHO, 44, governador do Rio (PMDB):
"Foi um exemplo de homem de comunicação que sempre lutou para fazer do jornalismo brasileiro um dos mais respeitados do mundo."

YEDA CRUSIUS , 62, governadora do Rio Grande do Sul (PSDB):
"Foi um empreendedor, que escreveu a história da imprensa com toda uma cultura de responsabilidade. Isso só se faz quando se tem coragem. O legado dele tem o seu tamanho."

GILBERTO KASSAB, 46, prefeito de São Paulo (DEM):
"Seu Frias deixa um exemplo a ser seguido, um homem que construiu um órgão de comunicação que é referência para todos os brasileiros, que ajudou a construir a democracia."

CESAR MAIA, 61, prefeito do Rio de Janeiro (DEM):
"Jornalismo no Brasil se confundia com Octavio Frias. A inovação, a coragem e a criatividade que passou às gerações que com ele conviveram e que irão sucedê-lo é um exemplo muito difícil de ser copiado."

PAULO MALUF, 75, deputado federal (PP-SP), ex-prefeito e ex-governador de São Paulo:
"Conheci Octavio Frias de Oliveira em 1957, parece que foi ontem. Era um homem perfeito: ético e corajoso ao extremo.
Inaugurou uma nova forma de jornalismo no Brasil, de ouvir todos os lados. Fez um jornal pluralista para que o leitor formasse seu ponto de vista."

GERALDO ALCKMIN, 54, médico e ex-governador de São Paulo:
"Com muita coragem, grande amor ao Brasil e invejável visão de futuro, Octavio Frias de Oliveira soube colocar seu nome com o relevo merecido entre os defensores da imprensa independente e da democracia."

ANTONIO CARLOS MAGALHÃES, 79, senador (DEM-BA):
"Octavio Frias de Oliveira marcou uma posição de grande destaque na imprensa brasileira e ninguém o ultrapassou na maneira educada, cortês e sincera de tratar não só os políticos, mas qualquer brasileiro."

TASSO JEREISSATI, 58, presidente do PSDB:
"O Frias representa o jornalismo feito com independência e liberdade. Realmente, significa a perda de um dos nomes mais ilustres da imprensa e da recente história brasileiras."

HENRIQUE MEIRELLES, 61, presidente do Banco Central:
"A dedicação e o amor do dr. Frias ao jornalismo brasileiro e à construção do Grupo Folha permanecerão como exemplo a ser seguido por todos que prezam a liberdade de imprensa e a democracia."

MARCO AURÉLIO MELLO, 60, presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral):
"Ele era um amante do jornalismo informativo e independente. Sua trajetória foi fundamental para a democracia. O que ele plantou no Brasil em termos de jornalismo continuará frutificando."

IVES GANDRA MARTINS, 72, professor de Direito Constitucional:
"Perdemos um dos maiores símbolos da democracia e da liberdade. Tinha o bom senso dos sábios. Uma das três grandes figuras da imprensa mundial do século 20 e 21."

CEZAR BRITTO, 45, presidente nacional da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil):
"Sua morte não desfalca apenas a imprensa. Desfalca o país inteiro. Seu Frias foi um grande brasileiro -um cidadão na acepção plena da palavra."

PAULO SKAF, 51, presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo):
"O Brasil perde um dos seus mais importantes empresários. A comunicação perde um líder que soube somar ética, qualidade e coragem. Que seu exemplo de vida sirva para sempre na construção de um futuro melhor para todos."

JOSÉ SÉRGIO GABRIELLI, 57, presidente da Petrobras:
"O jornalismo perde um de seus grandes líderes, que comandou em momentos distintos da conjuntura nacional o grande veículo que é a Folha."

LÁZARO DE MELLO BRANDÃO, 80, presidente do Conselho de Administração do Bradesco:
"É uma perda profunda para nós, seus amigos, a sociedade e o Brasil, pelo trabalho que realizou no sentido de construir um grande jornal que orientou e mostrou caminhos de construção da democracia."

ANTÔNIO ERMÍRIO DE MORAES, 77, empresário, presidente do grupo Votorantim:
"O sr. Frias era amigo do meu pai. Homem sério, competente e também de uma extrema delicadeza. Perdemos não só um grande jornalista mas um grande brasileiro. Era como um pai para mim. Uma pessoa correta, sincera, séria e muito alegre também. Em momentos difíceis, dizia "não fique amedrontado, o Brasil é um grande país". Viveu para o trabalho. Lamento profundamente."

JORGE GERDAU JOHANNPETER, 70, presidente do conselho de administração do Grupo Gerdau:
"Octavio Frias de Oliveira foi um inovador na imprensa brasileira. Contribuiu muito para a democracia e a livre discussão de idéias."

JOÃO SAYAD, 61, secretário estadual de Cultura:
"Vamos sentir muita falta de uma pessoa tão querida, tão cheia de energia. Um exemplo para todos nós. É o que estou sentindo."

MARIA CONCEIÇÃO TAVARES, 77, economista e ex-deputada:
"Sinto muito a morte do doutor Frias. O maior diretor de jornal que conheci em minha vida. Acho que os profissionais da velha guarda sentirão como eu a perda desse grande jornalista."

RAUL CUTAIT, 56, médico gastroenterologista, professor da Faculdade de Medicina da USP:
"Eu tinha uma grande admiração por ele como pessoa e como jornalista. Era de uma vivacidade e de uma curiosidade muito grandes."

DOM ODILO SCHERER, 57, arcebispo de São Paulo:
"Lamento muito, é uma notícia dolorosa. Quero manifestar minha solidariedade com todos os membros da Folha, com a direção e, antes de tudo, com a família do seu Frias. Quero manifestar também a minha solidariedade a todos os que se beneficiaram de seu trabalho, todos os trabalhadores, todos os jornalistas, todas as pessoas da Folha de S.Paulo. Peço a Deus que olhe pelo seu Frias e o acolha também no seu reino."


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