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Aumenta adesão de servidores a paralisação da Justiça paulista
Em Campinas, são cerca de 60% em greve; serviços forenses já estão mais lentos
DA REPORTAGEM LOCAL
DA AGÊNCIA FOLHA EM CAMPINAS
DA FOLHA RIBEIRÃO
A adesão à greve dos servidores da Justiça de São Paulo aumentou ontem. Em Campinas,
cerca de 60% dos funcionários
não compareceram aos postos
de trabalho. No fórum central
da capital, um cartório fechou
as portas, e outros passaram a
atender apenas casos urgentes.
O número crescente de servidores parados aumentou a lentidão dos serviços forenses em
várias unidades do Estado.
Os grevistas pedem aumento
de 20,16%, referentes a recomposição de perdas salariais. A
direção do Tribunal de Justiça
propôs reajuste de 4,17%, mas a
proposta não foi aceita.
Em Campinas, serviços como audiências e atendimentos
nos cartórios ficaram prejudicados. A estimativa de paralisação é do diretor da Cidade Judiciária de Campinas, juiz Luiz
Antônio Alves Torrano.
De acordo com a Associação
dos Servidores do Poder Judiciário do Estado de São Paulo,
40% dos funcionários do fórum
de Ribeirão Preto aderiram à
greve. Em Assis, o número de
servidores parados chegou a
30% do efetivo do fórum da cidade, segundo avaliação da
subseção local da OAB (Ordem
dos Advogados do Brasil).
Já na Vara da Infância e da
Juventude do Fórum Regional
do Tatuapé, na capital, só 3 dos
17 funcionários foram trabalhar. A média de 40 atendimentos diários caiu para 3, até as
16h de ontem. "Só não paramos
tudo por conta da natureza do
serviço que prestamos, mas sou
favorável à greve", disse Agenor
Rolini, diretor da Vara.
Para a presidente da OAB em
Campinas, Tereza Dóro, a greve, mesmo parcial, deve fazer
com que o prazo de alguns processos sejam suspensos.
Ainda ontem, o comando de
greve organizou piquetes na
entrada do fórum central da capital. A estratégia é conseguir
um aumento gradativo no número de grevistas até quarta,
data da nova assembleia.
"A greve está decretada por
tempo indeterminado. Há dois
anos não temos reposição salarial. É tribunal da injustiça",
disse Luiz Milito, da Associação
de Base dos Servidores e Funcionários do Judiciário de SP.
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