São Paulo, sexta-feira, 30 de abril de 2010

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Aumenta adesão de servidores a paralisação da Justiça paulista

Em Campinas, são cerca de 60% em greve; serviços forenses já estão mais lentos

DA REPORTAGEM LOCAL
DA AGÊNCIA FOLHA EM CAMPINAS
DA FOLHA RIBEIRÃO

A adesão à greve dos servidores da Justiça de São Paulo aumentou ontem. Em Campinas, cerca de 60% dos funcionários não compareceram aos postos de trabalho. No fórum central da capital, um cartório fechou as portas, e outros passaram a atender apenas casos urgentes. O número crescente de servidores parados aumentou a lentidão dos serviços forenses em várias unidades do Estado.
Os grevistas pedem aumento de 20,16%, referentes a recomposição de perdas salariais. A direção do Tribunal de Justiça propôs reajuste de 4,17%, mas a proposta não foi aceita.
Em Campinas, serviços como audiências e atendimentos nos cartórios ficaram prejudicados. A estimativa de paralisação é do diretor da Cidade Judiciária de Campinas, juiz Luiz Antônio Alves Torrano.
De acordo com a Associação dos Servidores do Poder Judiciário do Estado de São Paulo, 40% dos funcionários do fórum de Ribeirão Preto aderiram à greve. Em Assis, o número de servidores parados chegou a 30% do efetivo do fórum da cidade, segundo avaliação da subseção local da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).
Já na Vara da Infância e da Juventude do Fórum Regional do Tatuapé, na capital, só 3 dos 17 funcionários foram trabalhar. A média de 40 atendimentos diários caiu para 3, até as 16h de ontem. "Só não paramos tudo por conta da natureza do serviço que prestamos, mas sou favorável à greve", disse Agenor Rolini, diretor da Vara.
Para a presidente da OAB em Campinas, Tereza Dóro, a greve, mesmo parcial, deve fazer com que o prazo de alguns processos sejam suspensos.
Ainda ontem, o comando de greve organizou piquetes na entrada do fórum central da capital. A estratégia é conseguir um aumento gradativo no número de grevistas até quarta, data da nova assembleia.
"A greve está decretada por tempo indeterminado. Há dois anos não temos reposição salarial. É tribunal da injustiça", disse Luiz Milito, da Associação de Base dos Servidores e Funcionários do Judiciário de SP.


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