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PAINEL
Renata Lo Prete @ - painel@uol.com.br
A dança dos vetos
Lula queria um vice do PMDB. Não dando, topa José Alencar, mas prefere Ciro Gomes. O PSB, partido
de Ciro, só aceita vê-lo na chapa se for construída uma
solução que fortaleça a candidatura do presidente da
sigla, Eduardo Campos, ao governo de Pernambuco
-onde o petista Humberto Costa lhe dificulta a vida.
O PC do B não quer ficar sozinho na aliança com Lula. Assim, topa Ciro apenas se o problema de Campos
for resolvido. O PT rejeita Ciro, Campos e qualquer
nome com chances de vôo em 2010 -daí sua preferência por Alencar, PRB, 75. Sarney e Renan, regentes
do PMDB governista, também torcem o nariz para Ciro. Preferem alguém menos inclinado a sonhar com a
sucessão de Lula. Como Aldo Rebelo (PC do B).
Cobertor curto. Criado
para solucionar desacertos da
aliança de Geraldo Alckmin, o
Conselho Político estréia hoje
sob bombardeio da parcela
baiana do PFL. Excluída do
grupo, a ala de ACM diz que
não acatará nada decidido ali.
Ciúme. O deputado ACM
Neto se queixou da composição do conselho a dois tucanos. O que mais irrita os carlistas é o fato de o rival Jutahy
Júnior (PSDB) ter assento.
Ufa! Segundo o Vox Populi,
Alckmin ultrapassou a barreira dos dois dígitos na Bahia.
Está com 12%, mas ainda a léguas de Lula (60%). Dos entrevistados, 53% não associam o presidente ao candidato do PT, Jaques Wagner.
Gordura. O grupo do prefeito Cesar Maia acha que Alckmin pode tirar ao menos dez
pontos de Lula no Rio. O presidente tem 35% de preferência, mas seu governo é considerado ótimo/bom por 25%.
Na foto. A coordenação da
campanha de Alckmin lançará a chapa PSDB-PFL na pequena sala da CCJ da Câmara.
"Não pode ser um lugar muito
grande, para dar a impressão
de estar cheio", diz o candidato a vice, José Jorge (PFL).
Veja bem. Em almoço no
domingo, o ministro Valmir
Campelo disse aos presentes
que, se o TCU quisesse, não
faltaria base técnica para rejeitar as contas do governo
Lula em 2005. O parecer de
Campelo, a ser votado hoje,
recomendará a aprovação.
Vida ganha. Ibope realizado no Amapá dá 58% das intenções de voto para José Sarney (PMDB), que buscará a
reeleição ao Senado. Cristina
Almeida (PSB) tem 8%, enquanto seu correligionário
João Capiberibe lidera a disputa estadual com 41%. O
atual governador, Waldez
Góes (PDT), registra 35%.
Saída à vista 1. Roberto
Freire (PPS) adiou para quinta a decisão sobre sua candidatura presidencial. No fim de
semana, desistiu de ser vice de
Cristovam Buarque (PDT).
Saída à vista 2. O presidenciável do PPS deve ceder a
apelos de seções estaduais do
partido e retirar seu nome. O
apoio a Alckmin, no entanto,
vai demorar alguns dias.
Fator concreto. O senador
Osmar Dias (PDT) afirma ter
adiado a definição sobre o futuro de sua candidatura ao governo do Paraná por motivo
de saúde, e não por indecisão.
Outro lado. A família Tuma diz que não está interessada no comando do Detran-SP.
Visitas à Folha. Ilona
Becskeházy, diretora-executiva da Fundação Lemann, visitou ontem a Folha. Estava
acompanhada de Ana Florence, assessora de comunicação.
Sebastião Luiz Amorim, desembargador e presidente da
Apamagis (Associação Paulista de Magistrados), visitou
ontem a Folha. Estava acompanhado de Henrique Nelson
Calandra, 1º vice-presidente,
de Luis Antonio Vasconcellos
Boselli, desembargador e diretor-secretário, de Otávio
Fernandes, escrivão, e de
Marcos Plonka, assessor de
comunicação.
Tiroteio
Cláudio Lembo fica com esse papo furado de
"elite branca". O problema dele é que nunca
teve um voto na vida. Tem cara de burro.
Do senador ANTONIO CARLOS MAGALHÃES (PFL-BA) sobre o governador paulista, seu correligionário, que, pouco depois do levante do PCC,
criticou a "elite branca", a qual, cedo ou tarde, teria de "abrir a bolsa".
Ligação direta
Na semana passada, um grupo de petistas abordou o
presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, Sigmaringa Seixas (PT-DF), enquanto ele chegava a
seu gabinete utilizando o celular.
Entraram todos juntos na sala, mas nada de conversa: o
deputado emendava uma ligação na outra. Maurício
Rands (PE) sugeriu a José Eduardo Cardozo (SP):
-Já viu que, para falar com ele, só por telefone.
Cardozo então pegou o celular de uma assessora e, de
frente para Sigmaringa, digitou o número do amigo, que
interrompeu a ligação anterior para atender à nova:
-Podemos nos falar agora?-arrematou Cardozo.
com VERA MAGALHÃES e CONRADO CORSALETTE
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