São Paulo, quarta-feira, 30 de junho de 2004 |
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PAINEL Tostão e milhão Se insistirem na convocação extraordinária, os parlamentares receberão chumbo grosso da opinião pública. O Movimento Pela Ética na Política do Rio prepara cartaz com o lema "salário mínimo, renda máxima", alusivo aos R$ 38.460,00 que cada deputado receberia em julho. Taxa de rejeição O cartaz relaciona a bancada do Rio de Janeiro, informa como cada um votou no salário mínimo e quanto ganharia para aparecer no Congresso em julho -R$ 25.820,00, além do vencimento de R$ 12.820,00. Abaixo, a ameaça eleitoral: "Em outubro, a cidadania vai cobrar". Tô nem aí O quórum pífio ontem cristalizou a impressão de que a Câmara nada votará nesta semana. Pressão do baixo clero para Lula convocar o Congresso em julho. Rito sumário Parlamentares petistas recorrem hoje ao Diretório Nacional contra a punição recebida por terem rejeitado o mínimo de R$ 260. Alegam que não lhes foi dado direito de defesa e que, ao apoiarem R$ 275, foram coerentes com a história do partido. Mandato amputado Os dissidentes levarão um terceiro argumento ao Diretório Nacional do PT: a suspensão de funções partidárias, pena a eles imposta pela Executiva, afeta o desempenho do mandato. Coisas da vida A cúpula do PT avalia que, cedo ou tarde, cinco dos dissidentes do salário mínimo deixarão o partido. Mas não acha que seja para o PSOL de Heloísa Helena. Não é comigo Questionado sobre a possibilidade de nova debandada petista, José Genoino desconversa: "Nós não vamos mexer um dedo para expulsar ninguém". Nem comigo Chico Alencar (PT-RJ), um dos deputados que votaram contra os R$ 260, diz que nunca houve uma conversa do grupo sobre mudança de partido. Cinta larga Ao final da operação de engorda promovida com a ajuda do Palácio do Planalto, o PTB espera acrescentar 20 deputados e três senadores às suas fileiras. Missão impossível 1 Técnicos do PSDB alertaram o candidato do partido na capital, José Serra: não existe solução para as finanças de São Paulo sem alterar pontos da Lei de Responsabilidade Fiscal. A dívida está na casa dos R$ 26,1 bi. Missão impossível 2 A conclusão é que São Paulo, na melhor das hipóteses, entrará em 2005 devendo 2,35 vezes o que arrecada e terá quatro meses para que a relação caia para 1,78 vez, limite a partir de maio segundo a lei. "Seria fazer em quatro meses o que não foi feito em quatro anos", diz o estudo. Dois em um "Trabalho e Ética" será o slogan da campanha de José Serra. Os pássaros Desde sempre empenhada em aproximar seu PPS de Marta Suplicy, a vereadora Myryam Athiê será obrigada, agora que o partido fechou apoio ao PSDB, a buscar a reeleição cercada de tucanos e sem elogiar a prefeita. Mão aberta Em audiência hoje na Assembléia paulista, o PT apresentará estudo, com base na LDO, segundo o qual o Estado deixará de arrecadar R$ 3,3 bi em 2005 por conta de renúncias fiscais concedidas pelo tucano Geraldo Alckmin na reforma tributária. Lenha na fogueira Os dados serão mostrados a sindicatos das universidades públicas em greve por reajuste. A LDO, a ser votada na terça-feira, não contempla o aumento. TIROTEIO Do vereador paulistano Gilberto Natalini (PSDB) sobre Marta Suplicy, que, ao oficializar candidatura à reeleição, prometeu derrotar os "vampiros": -É o teatro do absurdo. Além daquele instalado na prefeitura, há outros dois ninhos de vampiros na cidade, ambos nos Jardins: um, franco-suíço; outro, franco-argentino. CONTRAPONTO Eleitorado animal No final de semana passado, o
ministro José Dirceu participou
em Campo Grande da convenção do candidato petista Vander
Loubet, deputado federal e sobrinho do governador de Mato
Grosso do Sul, Zeca do PT. |
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